17/12/2023

ALERTA: HOSPITAIS RELATAM QUE CRESCE ENTRE OS MAIS NOVOS, O NÚMERO DE SUICÍDIOS NO BRASIL

Suicídio cresce e hospitais relatam ter pacientes cada vez mais novos

No segundo semestre de 2021, a equipe do Hospital Pequeno Príncipe, unidade de referência em Pediatria no País localizada em Curitiba, começou a notar um aumento expressivo no número de crianças e adolescentes que chegavam à emergência da unidade com um quadro, até então, raro no hospital: após tentarem suicídio. Em 2022, esse cenário piorou e o volume de casos do tipo atendidos no centro médico triplicou em relação a 2019. Chamou a atenção dos profissionais a idade cada vez menor das vítimas: quase 70% delas tinham 14 anos ou menos.

“Nos últimos três anos, tornou-se mais frequente atender pré-adolescentes que tentaram suicídio”, afirma Marianne Bonilha, psicóloga do hospital. A pediatra Luci Pfeiffer, coordenadora do programa Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Dedica), também observou maior frequência de casos do tipo entre os pacientes – alguns com menos de 10 anos. Não são casos isolados. O número de suicídios na infância e adolescência vem crescendo nos últimos anos – com recorde em 2021. A situação preocupa o Ministério da Saúde. Dados tabulados pelo Estadão no portal Datasus mostram que 1.299 crianças e adolescentes (até 19 anos) tiraram a própria vida em 2021, o maior número desde 1996. Em 2022, foram 1.194 nessa faixa etária, segundo dados preliminares divulgados pelo governo federal. É o terceiro maior número da série histórica.

Segundo boletim epidemiológico mais recente do ministério, com dados até 2021, a taxa de suicídios cresceu 49% entre adolescentes de 15 a 19 anos entre 2016 e 2021, chegando a 6,6 óbitos por 100 mil habitantes. Já entre aqueles de 10 a 14 anos, embora a taxa seja menor (1,33), a alta foi de 45%. O total de suicídios, independentemente de faixa etária, vem batendo recorde nos últimos anos. O ano de 2022 registrou o maior número de óbitos do tipo no País (15.609), seguido por 2021 (15.499), com as faixas etárias da adolescência (até 19 anos) e jovens adultos (20 aos 39 anos) com os maiores aumentos percentuais: 40% e 42%, respectivamente.

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