Irã pede ao papa que impeça o “genocídio do século” em Gaza
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, pediu neste domingo (5) ao papa Francisco, em uma conversa telefônica, que use sua influência no Ocidente para parar a guerra em Gaza, que descreveu como “o maior genocídio do século”.
– O presidente apreciou a posição do líder católico sobre a necessidade de um cessar-fogo imediato em Gaza e pediu ao papa Francisco, dada sua posição no Ocidente e recordando os países que apoiam o regime (israelense), que acelere a cessação destes crimes – informou a Presidência iraniana em um comunicado.
Raisi também pediu ao pontífice que “explique corretamente a posição dos oprimidos e do opressor” ao mundo.
O mandatário iraniano afirmou que a morte de quase 10 mil pessoas, incluindo 4 mil crianças, é “o maior genocídio do século” e descreveu como crimes contra a humanidade o bombardeio do Hospital Al-Mamadani e do campo de refugiados de Jabalia.
– O bombardeio da igreja de Gaza e a destruição do patrimônio da nação palestina é um dos exemplos de práticas de apartheid não só contra os muçulmanos palestinos, mas contra outras religiões divinas, que acontece com o apoio dos Estados Unidos e de vários países europeus – disse Raisi.
O presidente iraniano considerou que o apoio ao povo oprimido da Palestina “é a prática dos ensinamentos de todas as religiões abraâmicas, incluindo o cristianismo”.
O papa Francisco apelou hoje, “em nome de Deus”, a um cessar-fogo em Gaza e que se busquem todos os caminhos possíveis para que se evite uma ampliação do conflito, em um apelo após a oração do Angelus na Praça de São Pedro.
O Irã defende a causa palestina e é um inimigo ferrenho de Israel, país com o qual mantém uma guerra secreta com ataques cibernéticos, assassinatos e sabotagem.
Teerã saudou o ataque de seu aliado Hamas contra Israel em 7 de outubro, mas negou envolvimento nele.
EFE
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