Dado Cavalcanti avisa que chegou para mudar
Dado Cavalcanti, o novo treinador do América, foi apresentado ao elenco nesta quarta-feira trazendo um discurso de mudanças. Na entrevista coletiva concedida antes de ter o primeiro contato com o elenco, o novo comandante ressaltou que as alterações no clube não podem ficar apenas nos nomes e antecipou que no desafio diante do Altos-PI, no próximo domingo, vão ocorrer trocas no sistema de jogo, na função de alguns atletas dentro de campo e também de algumas peças. O profissional disse estar ciente de que foi contratado para buscar soluções.
De cara, Dado se mostrou satisfeito com o elenco, onde encontrou pelo menos 18 atletas que já passaram pelo seu comando ou atuaram contra inúmeras vezes e, por isso, também são conhecidos. Como o planejamento será de curto prazo, uma vez que se busca uma reação forte dentro da Série C, o treinador disse que vai pensar jogo a jogo.
"Chego com a felicidade de encontrar vários atletas que eu já tive a oportunidade de trabalhar com eles em outros clubes. Acredito que esse elenco seja o que possua mais atletas que em algum momento já tive a oportunidade de comandar, não há como negar que a questão vai facilitar o meu início de trabalho. O momento de transição é importante que o jogador conheça a minha forma de trabalhar e, de minha parte, eu tenha conhecimento sobre a forma como esses mesmos atletas reagem diante de cada situação de jogo”, afirmou.
O tempo é curto para trabalhar e o primeiro ponto que o novo comandante deseja atacar leva em conta a motivação do elenco, que demonstra um certo tipo de abatimento após a derrota sofrida diante do Manaus na Arena das Dunas, a terceira no Brasileirão e que levou a equipe de volta a zona de rebaixamento.
"O momento é importante para o América, com uma sequência muito dura pela frente, com mais dois jogos fora de casa (Altos e São Bernardo). Nós teremos três sessões de treinos específicos até a partida diante do Altos, no Piauí e, para mim, o mais importante neste momento é coletar o máximo de informações possíveis. A questão agora é de mobilização total. Temos de dar uma chacoalhada nesse grupo, que necessita inverter esse quadro e buscar mobilizar todos em torno de um só objetivo. Os torcedores têm de continuar acreditando que somos capazes de fazer o nosso dever de casa. Durante esses três dias de trabalho cabe a mim buscar as saídas para as dificuldades que a equipe vem enfrentando", disse.
Ele sabe que o presente pode definir muitas situações e apressar a chegada de novos investimentos, então, no mínimo, o América tem de se manter na Série C, porque um retorno para Série D iria atrasar todo processo que os investidores estão traçando para o crescimento do clube no cenário nacional.
"A nossa ideia é trabalhar jogo a jogo, o próximo compromisso será sempre o mais importante para o nosso grupo. Estamos vivendo uma etapa importante e de transformações no clube. A SAF chegou para fazer isso e a capacidade de transição, sabemos que passará muito pelos resultados que obtivermos na atual temporada, onde iremos trabalhar em cima de uma manutenção na Série C e que assim o grupo possa trabalhar com mais tranquilidade traçando o futuro do América. São planos gigantescos e esse primeiro momento é o mais difícil para todos", destacou.
Com relação a reforços, o treinador acredita que não é o momento certo de levantar essa questão, uma vez que o grupo atual mostra qualidade para brigar de igual para igual com os adversários.
TN
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