Polícia Civil indicia padre denunciado por assédio contra adolescente na Grande Natal
A Polícia Civil decidiu indiciar do padre Iranildo Augusto de Assis por assédio contra um adolescente. De acordo com o delegado Rafael Câmara, responsável pela investigação, a materialidade do crime ficou clara.
"Concluímos a investigação e, no meu modo de entender, está bem clara a materialidade de uma importunação do acusado para com o adolescente. Depois de ouvir a vítima, uma testemunha da vítima, o acusado e uma testemunha do acusado e junto com a prova documental que a gente tinha, algumas extraídas de celulares, eu me convenci que houve realmente o crime", declarou o delegado.
Segundo ele, a declaração da testemunha apresentada pelo padre não foi convincente.
Para ele, a situação agora cabe ao Ministério Público. "Agora fica a critério do MP e do Poder Judiciário. Entender se concordam na existência do crime ou se vão precisar de mais provas, se não vão enteder ele como culpado", completou.
A denúncia veio à tona ainda em outubro. A vítima, que frenquentava a paróquia junto com a mãe, prestava serviço na igreja à pedido do padre, que prometeu pagar R$ 200 pelo trabalho. Segundo a mãe do jovem, o crime envolvia trocas de mensagens por um aplicativo, onde o padre fazia perguntas de cunho íntimo e sexual para o adolescente. Em uma das mensagens, o padre teria dito à vítima "já estou no quarto, na cama", "tomei banho, como vim à Terra... deitado".
Segundo a denúncia, os abusos também teriam acontecido dentro da paróquia de Santo Expedito. De acordo com a mãe da vítima, o adolecente teria contado que estava bebendo água quando após pedir um abraço, o padre teria mordido a orelha e tentado beijar o pescoço do rapaz, encostando ele na parede. Depois de conseguir sair local, o rapaz contou para a mãe que o padre seguiu pra missa e ele para onde recolhia o dízimo, mas bastante abalado, não conseguiu ficar.
Após a repercussão do caso, a Arquidiocese de Natal anunciou o afastamento do padre Iranildo das funções ministeriais exercidas, além de instaurar uma investigação prévia, conforme ordenamento canônico. "A fim de que sejam apurados os fatos e as circunstâncias que o envolvem numa acusão de suposto abuso sexual envolvendo menor", afirmou.
Com informações do Portal da Tropical
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