20/11/2022

NO 3º TRIMESTRE CAI NÚMERO DE DESOCUPADOS NO RN - NÚMERO CHEGA A 25 MIL PESSOAS

Número de desocupados no RN cai em 25 mil pessoas no 3º trimestre do ano

No terceiro trimestre de 2022, que compreende os meses de julho, agosto e setembro, o Rio Grande do Norte registrou a redução de 25 mil pessoas que estavam sem trabalho, mas tomando alguma iniciativa para conseguir emprego, as chamadas desocupadas. Elas podem ter encontrado um trabalho, ou podem ter entrado no grupo dos desocupados, que são aqueles que se mantém desempregados e desistiram de procurar uma ocupação. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pelo levantamento, divulgado na quinta-feira (17), a taxa de desocupação potiguar foi de 10,5%, estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior (12%), mas apresentando queda quando comparada ao mesmo trimestre de 2021 (14,7%). Segundo o instituto, há uma tendência de queda neste sentido. “Numericamente, trata-se do melhor trimestre desde 2013, quando o Estado apresentou uma taxa de 10,2%. Ainda assim, esse valor representa a 8ª maior taxa de desocupação do país, em ranking liderado pela Bahia (15,1%). A PNAD-C vem apontando para uma tendência de queda na desocupação no País”, informou o órgão.

A taxa apontada pelo IBGE representa cerca de 163 mil pessoas que ainda não tinham conseguido atividade laboral no Estado, sendo 25 mil pessoas a menos em relação ao trimestre anterior e 58 mil, se comparado ao mesmo trimestre do ano de 2021 (221 mil). Neste caso, há uma queda de 26,1%. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, tomando qualquer providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras iniciativas, porém, não obtiveram êxito.

A taxa de desocupação é maior entres as mulheres (12,3%) do que entre os homens (9,2%), uma diferença que se manteve em relação ao trimestre anterior (13,8% e 10,7%, respectivamente). Também é maior entre as pessoas pretas (9,1%) e pardas (10,4%) , que somam 98 mil, ao passo que. 65 mil (11,1%) são pessoas brancas.

A taxa de desocupação também é diferente quando se observa a escolaridade. Do contingente de 163 mil desocupados, cerca de 132 mil (81%) têm o ensino médio completo como maior nível de instrução. Entre os que não têm instrução ou têm até 1 ano de estudo, a desocupação no RN é de 4,3%; para aqueles com ensino fundamental completo, é de 9,9%; entre as pessoas com ensino médio completo é de 11,3% e 4,8% para os que possuem diploma de ensino superior.

Em Natal, observou-se um leve aumento na taxa de desocupação, saindo de 9,5% no 2º trimestre deste ano para 11,2% no seguinte. “Apesar disso, este pequeno incremento é considerado estabilidade, tendo em vista a ausência de significância estatística”, diz o IBGE.

Em comparação a outras capitais nordestinas, a capital potiguar ficou com a 3º menor taxa de desocupação, com Fortaleza/CE (8,1%) tendo a mais baixa, seguida por Teresina/PI (9,7%).

Dos ocupados, 43,9% são informais

A PNAD-C do terceiro trimestre apontou que 1.391.000 potiguares estão ocupados, trabalhando em alguma atividade, porém, 611 mil (43,9%) desses está na informalidade. Apesar disso, o IBGE constatou que é a menor taxa de informalidade do Nordeste, sendo o Maranhão o estado com maior percentual (59,1%).

O setor privado é o que mais absorveu pessoal ocupado (45,9%), mas também foram identificados os trabalhadores por conta própria (26,1%); empregados no setor público (15,9%); trabalhadores domésticos (5,8%); empregadores (4,5%) e trabalhadores familiares auxiliares (1,7%). “Em relação a distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação, a PNAD aponta poucas modificações em relação ao trimestre anterior”, avaliou o IBGE.

Tendo os meses de abril, maio e junho como referência, verifica-se um incremento de cerca de 19 mil pessoas ocupadas entre os empregados do setor privado e, se comparado com o mesmo trimestre de 2021, há um aumento de 59 mil trabalhadores neste setor. “Nas outras categorias, a variação é mínima, sugerindo estabilidade do indicador”, informa o instituto.

Em termos de ocupação por grupamento de atividades no trabalho principal, O comércio se mantém como o setor que mais emprega no estado, representando 22,6% no volume de pessoas ocupadas. Em segundo está a administração pública com 20,1%.

O setor de transporte, armazenagem e correios é o que possui menor participação no mercado de trabalho potiguar, representando cerca de 3,9% das pessoas ocupadas.

Já o rendimento médio do potiguar está acima da média da região Nordeste, porém, apresenta redução. A PNAD calcula que o rendimento médio mensal de todos os trabalhos no RN foi de R$ 2.015,00, valor abaixo da média nacional (R$2.737,00), mas acima da média nordestina (R$1.858,00).

Mesmo assim, entre os estados do Nordeste, o Estado, assim como Alagoas, registrou diminuição no rendimento mensal em relação ao trimestre anterior, quando a pesquisa apontava valores de R$ 2.052,00 para o Rio Grande do Norte R$1.851,00 para o estado alagoano, onde caiu para R$1.843,00 no levantamento atual.

E mais uma vez as mulheres estão em desvantagem com um rendimento de R$ 292 a menos que os homens. O deles está em R$2.133,00 e para elas ficou em R$1.841,00. É a terceira maior diferença de salário entre gêneros na região Nordeste, ficando atrás apenas da Paraíba (R$428,00) e do Ceará (R$377,00).

A pesquisa traz também a massa de rendimentos de todos os trabalhos, que no RN foi de 2,7 bilhões de reais, quarto menor valor entre os estados do Nordeste. Quando comparado com o trimestre anterior, o estado foi um dos três estados do país que registraram diminuição destes valores (-1,8%), ao lado de Roraima (-2,4%) e Acre (-6,9%). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o RN registrou um incremento real de 0,6%, o que ainda o coloca entre os três estados com menor crescimento.

TN

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