18/11/2022

FOGO AMIGO?: A FOLHA E O GLOBO ATACAM LULA EM EDITORIAL

Lula já enfrenta forte oposição da imprensa corporativa e é atacado por editoriais da Folha e do Globo

O jornal Folha de S. Paulo publicou um duro editorial diante das declarações recentes do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

“O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), propõe aumento da inflação e dos juros, menos emprego e crescimento econômico, mais ganhos para os rentistas. Esses seriam os efeitos práticos e prováveis da proposta petista para a expansão incondicional do gasto público, enfim apresentada ao Congresso na quarta-feira (16). Não se trata apenas, como Lula diz em tom de desdém, de alta do dólar e queda da Bolsa de Valores”, escreve o jornal.

“A minuta de emenda constitucional confirma as piores expectativas semeadas desde o desfecho das eleições. Pretende-se não somente abrir espaço no Orçamento de 2023 para a preservação da proteção social —o que é justo e necessário— mas também abrir uma exceção permanente aos já debilitados limites da despesa pública”, acrescenta o texto.

Enquanto isto, O Globo também publica, no mesmo dia, um editorial agressivo contra Lula.

Ataca e deprecia as primeiras falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva sobre os rumos da economia.

“Faltando seis semanas para a troca de poder em Brasília, tem sido decepcionante a reação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva às críticas. Animado pela vitória, ele tem preferido ouvir as vozes dos aduladores a encarar a realidade da bomba fiscal prestes a cair sobre o país. Ao comentar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que amplia de forma irresponsável o gasto do governo a partir de 2023, Lula se saiu mais uma vez com um despropósito: ‘Se eu falar isso, vai cair a Bolsa, o dólar vai aumentar? Paciência’”, escreve o Globo.

“Paciência, o novo governo tem testado não apenas a dos mercados, mas a de todos os brasileiros que sabem fazer contas. Aumentar gastos sem amparo de receitas nem gestão do passivo levará a um ciclo bem conhecido no Brasil: aumento descontrolado do endividamento, juros elevados, dólar mais caro, inflação alta e menos crescimento econômico. Como sabe qualquer um que já tenha contraído dívidas, países que gastam sem limites têm mais dificuldades para rolar seus compromissos”, aponta ainda o editorial.

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