10/09/2022

DELEGADO CRITICA GOVERNO FÁTIMA: 'POLICIAL SAI NA RUA COM MEDO DE SER PUNIDO'

“Policial sai na rua com medo de ser punido pelo governo Fátima”, critica Sérgio Leocádio

“O investimento é pífio”, lamentou o delegado Sérgio Leocádio, candidato a deputado federal pelo União Brasil, sobre a aplicação de recursos na segurança pública do Rio Grande do Norte durante a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), candidata à reeleição. Ele disse que o Estado está entre os mais violentos do Brasil e a tendência é “piorar” caso Fátima vença as eleições do próximo 2 de outubro.

Em entrevista exclusiva ao AGORA RN, o delegado Sérgio Leocádio enfatizou que “a culpa maior (pela insegurança) é do governo do Estado”. “Não adianta você ficar culpando secretário de Segurança, comandante de PM e delegado geral. Esse povo faz o que o governo manda e começa a dar entrevistas conjugando verbo no futuro: ‘nós vamos melhorar, nós vamos fazer isso’. Ou faz assim ou perde o emprego, ou seja, a culpada é a governadora Fátima Bezerra. A segurança pública vai muito mal e, se ela continuar no governo, a tendência é piorar muito nos próximos quatro anos”, disse.

E continuou: “Na verdade, Fátima ainda tem um agravante que é esse viés de esquerda, onde começa a vitimizar o bandido, o infrator, e sobra para a vítima. Sem investimento na área de segurança, ainda há um discurso muito frágil. O policial civil e o militar estão na rua sem ter o respaldo do seu chefe. É muito difícil ser polícia. A gente está falando hoje de uma violência generalizada no Brasil, com o aparecimento das grandes facções criminosas. O policial de rua, o operacional, tem que ter esse respaldo no seu comando na hora do seu confronto, e isso no governo Fátima Bezerra não existe. O policial já sai na rua com medo de ser punido”, detalhou.

Na avaliação de Sérgio Leocádio, a crise na área de segurança pública que o Estado enfrenta não será resolvida da noite para o dia. Para ele, é necessário fazer investimentos não só em equipamentos de tecnologia das forças de segurança, mas também em treinamento contínuo.

“O policial tem que voltar a se sentir importante no contexto social. E também ter políticas públicas, que é o principal. Dar uma educação de qualidade, ocupar os jovens da periferia e ocupar o espaço que o Estado vem perdendo para o crime organizado há muito tempo. Vou dar um exemplo a você: um dos grandes vetores de violência do Brasil são as drogas. Isso não sou eu que digo, são os especialistas em segurança no mundo e no Brasil. Não tem nenhuma ação efetiva do Governo do Estado em cima disso. As sete casas de acolhimento e recuperação de dependentes químicos você não encontra isso no Estado e nem nos municípios. As pessoas de classe média para cima, que têm condições de gastar muito dinheiro para recuperar o filho, ainda encontram isso na rede privada. Já na rede pública ninguém encontra. E a maioria dos usuários está nas classes de baixa renda”, explicou.

O candidato a deputado lamenta que “o investimento [em segurança pública] é pífio, é pequeno”. “Você investir em força e segurança é um braço. Precisa investir também nas questões sociais, oportunizar aos jovens ocupar as periferias. Ao mesmo tempo, investir nas forças de segurança. Mas Fátima não fez uma coisa nem outra”, enfatizou.

De acordo com Sérgio Leocádio, mesmo com o pós-pandemia, “os índices continuam um absurdo, e o Estado se encontra em posição de destaque no Atlas da Violência, entre as cinco ou seis maiores cidades mais violentas do Brasil”.

“Só não aumentou no período de pandemia, porém temos que dar um desconto não na efetividade do governo Fátima Bezerra, mas sim na realidade global e aqui não seria diferente”, destacou.

“Temos que ter pena de prisão perpétua para traficantes, feminicídios e dureza na lei”, defende candidato

O delegado Sérgio Leocádio, que busca um assento na Câmara dos Deputados, defendeu que, caso seja eleito, irá propor que “os governos estadual e federal tem de construir presídios para colocar quem errou na cadeia”.

“Presídios com estrutura onde o preso tenha a dignidade de trabalhar e ter orientação religiosa, mas que fique preso. Para isso, precisamos urgentemente de uma mudança radical na lei penal brasileira”, afirma.

E acrescentou: “Temos que ter pena de prisão perpétua para traficantes, feminicídios e dureza na lei, pois só assim a gente vai ter uma lei que estanque essa ferida que está mais aberta que é a insegurança no Brasil”.

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