24/03/2022

BOLSONARO AFIRMA QUE WAL DO AÇAÍ NUNCA ESTEVE EM BRASÍLIA E QUE A PRÁTICA É COMUM

'Wal do Açaí' nunca foi a Brasília e prática é comum, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o entendimento do MPF (Ministério Público Federal) no caso da funcionária Walderice Santos da Conceição, conhecida como "Wal do Açaí". A instituição propôs ação de improbidade administrativa contra ele e a ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados depois que uma investigação mostrou que ela nunca esteve em Brasília e não exerceu nenhuma função relacionada ao cargo que ocupava.

Para Bolsonaro, é comum que parlamentares empreguem funcionários que não estão no Distrito Federal. "Ela nunca esteve mesmo em Brasília, mora em um distrito de Angra dos Reis. Tem deputado aqui, não vou perguntar para não… Duvido qual deputado fora do DF que não tenha… Pode ter no máximo 25 servidores? Em média, metade fica aqui e metade no estado. Esse pessoal do estado não vem a Brasília, toma posse por procuração. Fiz isso a vida toda."

O presidente disse que os procedimentos contra Wal acabam "humilhando uma senhora casada, como se fosse uma bandida", e acrescentou: "Por que não investiga todo mundo? Só para cima de mim? Se bem que aqui é um tiro na água. Dá até vergonha o MP investigar aí. Wal nunca esteve em Brasília? Não precisa investigar, eu digo, é verdade, estou confessando".

"Ó, MP: se quer cobrar só da Wal R$ 300 mil, cobra de todo mundo. Tem mais gente, vai passar do milhão. Eu fiquei 28 anos dentro da Câmara, metade fora, vou ter que devolver uns R$ 20 milhões. Cobra logo R$ 20 milhões. Por que em cima da Wal? Se todos os meus servidores… Metade deles estava no Rio de Janeiro? Agora, também abra processo de toda a Câmara e todo o Senado. Exceto o pessoal do DF, acho que dificilmente não tenha servidor no estado."

Segundo o MPF, "as condutas dos requeridos e, em especial, a do ex-deputado federal e atual presidente da República Jair Bolsonaro desvirtuaram-se demasiadamente do que se espera de um agente público. No exercício de mandato parlamentar, não só traiu a confiança de seus eleitores, como violou o decoro parlamentar, ao desviar verbas públicas destinadas a remunerar o pessoal de apoio ao seu gabinete e à atividade parlamentar".

r7

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