13/12/2021

DENTRE AS 100 CRIANÇAS-PRODÍGIO DO MUNDO TEM UM BRASILEIRINHO DE 8 ANOS

Brasileiro de 8 anos é escolhido uma das 100 crianças-prodígio do mundo

O paulista Gustavo Saldanha, de 8 anos, toca violão, guitarra, teclado, ukulele e baixo, ainda se arrisca em bateria e gaita, sabe praticamente todas as músicas dos Beatles, instala sistemas operacionais em computadores…

Diante dessa lista tão extensa de habilidades, dá para entender por que ele foi nomeado nesta semana como uma das 100 crianças-prodígio do mundo pela “Global Child Prodigy Award”.

Essa iniciativa da Índia seleciona anualmente os maiores talentos em 48 categorias, como música (caso do Gustavo), atuação, desenho, dança, escrita e matemática.

Neste ano, o menino tornou-se também o brasileiro mais jovem a fazer parte da Mensa, uma sociedade internacional de pessoas com alto quociente de inteligência (QI). Praticamente um “clube de gênios”.

O pai de Gustavo, Carlos Augusto Saldanha, conta que fez a inscrição do filho para a “Global Child Prodigy Award” em março.

“Enviamos um material extenso com vários vídeos do Gustavo tocando e cantando os instrumentos. A banca examinadora também avaliou as redes sociais dele e um relato de sua história que tive de escrever”, diz.

Os vencedores serão reconhecidos em uma cerimônia marcada para fevereiro de 2022, em Dubai, e ainda receberão orientações de personalidades de cada área e de universidades internacionais.

A mãe de Gustavo, Luciane Saldanha, conta que nunca havia desconfiado de qualquer excepcionalidade na inteligência do filho. Quando bebê, ele demorou mais do que a média para aprender a falar: só pronunciou as primeiras palavras quase aos 3 anos.

“A gente só percebia que ele era mais inquieto e curioso. Na brinquedoteca, queria mexer na TV ou no interfone. Tinha interesses diferentes, mas nada que, para a família, fosse sinal de inteligência superior”, conta a mãe.

Em 2018, aos 5 anos, Gustavo aprendeu a cantar cinco músicas dos Beatles para a apresentação do Dia das Mães na escola. Foi aí que seu desempenho começou a chamar atenção: ele decorava rapidamente as letras, mesmo sem saber inglês.

Da hora de acordar ao momento de dormir, a trilha sonora da casa dos Saldanha ficava a cargo da banda de Liverpool. Nos momentos de lazer, o menino passou a comparecer a apresentações de conjuntos cover e a fazer aulas de violão e guitarra.

No início da pandemia, no entanto, os shows foram interrompidos, e a escola cancelou as atividades presenciais. O que parecia um caminho para o tédio acabou sendo uma oportunidade para descobrir uma nova paixão: tecnologia.

“Em pouco tempo, meu filho já estava apaixonado pelas plataformas de reunião, como Zoom e Google Meet. Começou até a mexer nos sistemas operacionais e a transformar Windows em Mac”, diz Luciane. “Aí, a gente falou: nossa, as crianças estão entediadas em casa, querendo voltar para a escola, e nosso filho curtindo o desenvolvimento na tecnologia nessa velocidade? Estava estranho.”

Os pais do menino procuraram, então, um centro de apoio a crianças com desenvolvimento intelectual acelerado em São Paulo.

“Meu filho é fascinado pelos bastidores das novelas e dos jornais. Tem dia em que ele acorda e já coloca terno e gravata para ficar em casa”, diz Luciane.

O menino tem “sonhos empresariais”: quer criar a “Gustavo Saldanha Animation Studios”, com restaurante, teatro, casa de shows e emissora de TV.

“Se ele conseguir um terço disso, já está bom, né? Mas é coisa para o futuro. Agora, o foco é tocar músicas no Natal”, brinca a mãe.

G1

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