07/11/2021

REMÉDIO DA PFIZER TESTADO NO RN REDUZ 89% RISCO DE COVID GRAVE

Testado no RN, remédio de via oral da Pfizer reduz em 89% risco de Covid grave

O antiviral produzido pela Pfizer apresenta uma redução de 89% no risco de internações ou mortes por grave entre pessoas com alguma comorbidade e que recebeu a droga até três dias após apresentarem os primeiros sintomas da doença. Esse foi o resultado divulgado pelo laboratório americano na manhã desta sexta-feira (5).

O Brasil faz parte dos estudos clínicos de fase 2 e 3 do laboratório, com 29 centros de pesquisa, inclusive, no Rio Grande do Norte. Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo têm instituições que farão os testes.

A farmacêutica fez um ensaio clínico com 1.200 voluntários não vacinados que tinham pelo menos uma característica que os situava na faixa de maior risco de adoecer pelo vírus, como idade avançada, obesidade ou diabetes. Os participantes, inscritos entre julho e setembro, quando a variante Delta se espalhava pelo mundo, foram divididos em dois grupos: um comum o antiviral; o outro, placebo.

A empresa informou que um conselho independente de especialistas que monitora seu ensaio clínico recomendou que o estudo fosse interrompido precocemente porque o benefício do medicamento para os pacientes havia se provado muito convincente.

O tratamento com o Paxlovid, nome com que será comercializado o remédio, é feito com duas doses diárias por cinco dias seguidos. O antiviral tem indicação e ação similar ao produzido pela farmacêutica Merck, que conseguiu ontem a primeira autorização de uso no Reino Unido e está à espera da liberação nos Estados Unidos e na Europa.

A Pfizer disse que planeja enviar os dados o mais rápido possível à FDA (agência reguladora dos EUA) para conseguir permissão de uso da pílula por lá.

Segundo informações do jornal New York Times, o laboratório planeja oferecer o medicamento aos países mais pobres a preços promocionais. Assim como fez a Merck, uma empresa negocia com uma organização sem fins lucrativos apoiada pelas Nações Unidas, o Medicines Patent Pool, para autorizar que o antiviral seja fabricado e vendido de forma barata nesses países.

r7

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