10/09/2021

NOTA DE BOLSONARO FAZ PARTE DE UM ACORDO? SÓ O TEMPO DIRÁ

Com Supremo, com tudo!

A nota de recuo de Jair Bolsonaro, articulada por Michel Temer, deve ajudar a restabelecer um acordo que vinha sendo costurado há três semanas com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.

Ele consiste na rejeição da ação que pede no Supremo a derrubada dos decretos das armas, uma nova regulamentação em torno da reserva Raposa Serra do Sol e a transferência do inquérito das fake news para Augusto Aras — evitando que ele avance sobre Jair Bolsonaro e seus filhos.

No plano legislativo, também está prevista a aprovação de uma PEC para restringir a atuação do Supremo a temas constitucionais (de difícil tramitação), a aprovação de um ICMS fixo e do Auxílio Brasil; além da solução para os precatórios (nas mãos do CNJ) e, claro, a aprovação do nome de André Mendonça para o STF.

Temer também teria apoio para se candidatar a deputado federal em 2022 e presidir a Câmara após o biênio de Lira.

Ninguém tem claro se esse acordo será cumprido na íntegra, considerando as questões complexas envolvidas e o próprio comportamento imprevisível de Bolsonaro. Os ataques dele ao STF no 7 de Setembro mostraram aos interlocutores envolvidos nesse acerto que o presidente só consegue governar para a militância e reage a ela quando pressionado.

Para acalmá-la, será preciso evitar novas medicas cautelares por parte de Moraes (também imprevisível) e incutir — à base de muita fake news — a ideia de que o presidente da República tem um plano mirabolante para implodir o sistema e libertar seu povo.

O Antagonista

Um comentário:

Ari disse...

Kkkkkkk