O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, coleciona polêmicas: é acusado de descuidar do tema principal de sua pasta, viveu um processo de expulsão do próprio partido e sofreu pedidos de impeachment.
Mas o que realmente preocupa o ministro são dois inquéritos que apuram suspeitas de tráfico de influência e enriquecimento ilícito.
Crusoé teve acesso com exclusividade a um documento do Ministério Público que revela transferências milionárias entre contas controladas por Salles -- e aponta para suspeitas de lavagem de dinheiro:
"Dados da quebra de sigilos bancário e fiscal autorizada pela Justiça mostram que o ministro repassou 2,75 milhões de reais da conta de seu escritório de advocacia para a sua conta pessoal, em 54 transferências feitas entre 2014 e 2017. Nesse período, ele exerceu dois cargos públicos na gestão do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, do PSDB, e atuou como advogado na iniciativa privada. O que mais desperta a atenção é que 250 mil reais foram transferidos entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro de 2014, quando ele ainda era secretário particular de Alckmin no governo e estava afastado da advocacia...."
O caso só deve esquentar nas próximas semanas.
O Antagonista
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