Frota entrega peça de impeachment de Bolsonaro a Maia na segunda

“Todos os procedimentos e cuidados estão sendo tomados para uma peça irretocável com conteúdo imbatível. Estou fazendo meu trabalho pela democracia e defendendo o Congresso Nacional. Vou deixar nas mãos do maestro Rodrigo Maia. Sei do momento importante, sei da crise aberta institucional. É um [pedido de] impeachment jurídico e político. [Do lado] jurídico, estamos seguros de que a peça é forte, pelos profissionais envolvidos. Politicamente, deixo com Maia”, explicou.
A iniciativa de Frota surgiu após Bolsonaro enviar em grupos de WhatsApp vídeos convocando a população para ir às ruas no próximo 15 de março em ato que está sendo entendido como uma manifestação contra o Congresso Nacional e a favor do governo.
“Estou ouvindo muito as ponderações e conselhos do líder [do PSDB] Carlos Sampaio (SP) e do meu presidente, Bruno Araújo. Estou ciente, seguro e no meu direito”, completou o deputado. E acrescentou: “Fernando Henrique Cardoso disse em sua postagem que alguém precisa gritar. Eu escolhi gritar pela democracia”.
Frota afirmou que vai entrar com um pedido para convocar o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Augusto Heleno, para “apontar quem são os chantagistas” que estão contra o Parlamento. Heleno foi pego, em uma gravação ao vivo da Presidência, dizendo que eles não podem aceitar “chantagens” do Congresso e pregou um “foda-se” a eles.
“Falar é fácil. E vamos aguardar quem vai fechar o Congresso?”, cutucou. Na quinta-feira (27/02/2020), o Metrópoles mostrou que Frota aguardaria um posicionamento de Maia, que também tem sido alvo de críticas do clã bolsonarista, para ir adiante com a peça.
À reportagem, o deputado classificou o apoio à eleição de Bolsonaro ao Palácio do Planalto como um “erro” e pediu “desculpas ao Brasil”. Ao criticar frequentes posicionamentos contrários do ex-aliado ao Congresso Nacional, Frota afirmou que o presidente “quer encontrar inimigo onde não tem”. “Sou culpado também de ter colocado Bolsonaro como presidente. Eu errei, confesso. Peço desculpas ao Brasil.”
Metrópoles
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