30/06/2019

SENADORES QUE MAIS GASTAM

Veja quem são os senadores com os mandatos “mais caros”

Daniel Ferreira/Metrópoleso completar seis meses de atividade legislativa, o custo dos senadores aos cofres públicos com a cota parlamentar foi de R$ 8,3 milhões até agora, segundo um levantamento do Metrópoles. Para efeitos de comparação, os gastos poderiam construir, por exemplo, oito Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em capitais federais ou, ao menos, quatro creches públicas. A diferença entre o mandato mais caro e o mais barato (entre os que gastaram alguma coisa) foi de 3.440,57%: o senador Omar Aziz (PSD-AM) já gastou R$ 255.004,90, enquanto Eduardo Girão (Podemos-CE) pediu o reembolso de R$ 7.202,35. Há, ainda, dois senadores que não usaram nenhum centavo. Ambos são do Distrito Federal: Reguffe (sem partido) e Leila do Vôlei (PSB).

Nos registros de gastos de Aziz, estão R$ 150 mil de contratação de “serviços de apoio ao parlamentar” – que incluem assessoria de imprensa, contratação de consultoria e material de divulgação –, R$ 102,1 mil em passagens aéreas, aquáticas ou terrestres e R$ 2,9 mil em aluguel de imóvel para escritório político.

Em nota, a assessoria de Aziz explicou que as passagens aéreas são mais caras para o Norte do país, além da necessidade de ter um lugar físico para manter um gabinete local do congressista. “Os recursos para a execução deste mandato têm sido utilizados com a maior transparência e lisura, que são obrigação deste parlamentar”, escreveu.

O segundo parlamentar mais caro, até o momento, foi Eduardo Braga, conterrâneo de Aziz, mas do MDB-AM, com R$ 245.962,63. Além dos custos destinados à locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis, de R$ 6 mil, foram registrados, ainda, R$ 179,2 mil para a contratação de serviços de apoio ao parlamentar e R$ 6 mil para passagens. À reportagem, a equipe do senador também ressaltou que, por ser do Amazonas, o deslocamento para comunidades isoladas e alguns tipos de trabalhos de logística são mais caros que em outras regiões, como no Sudeste.

Na terceira posição ficou o petista Humberto Costa (PE), que já acumula R$ 210.397,10 em gastos da cota parlamentar. A assessoria de imprensa do senador limitou-se a dizer, em nota, que “todas as despesas efetuadas são registradas no Portal da Transparência do Senado Federal e foram realizadas no estrito cumprimento do que determina a lei, ou seja, exercício da atividade parlamentar”. O congressista desembolsou R$ 43,6 mil para aluguel de gabinete em Recife; R$ 82,9 mil para transporte, gasolina e acomodação; R$ 68,1 mil com passagens; R$ 15,4 mil para contratação de serviços e R$ 285 para aquisição de material de consumo.

Mandatos mais baratos

Já os mais econômicos – entre os que desembolsaram ao menos R$ 1 –, além de Girão, são Jorge Kajuru (PSB-GO), R$ 8.547,39, e Vanderlan Cardoso (PP-GO), com R$ 10.370,81. O primeiro gastou R$ 7,2 mil com passagens aéreas. Kajuru gastou todo o montante com aluguel para escritório político, enquanto Cardoso também desembolsou R$ 5,7 mil para o gabinete; R$ 2,1 mil para material de consumo; R$ 2 mil com divulgação do mandato; e R$ 470 com despesas rotineiras, como locomoção, combustível e alimentação.

Gabriela Vinhal

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