08/06/2019

RN: MINHA CASA MINHA VIDA TEM 40% DE INADIMPLÊNCIA

Inadimplência atinge 40% dos contratos do MCMV

Cerca de 6.850 contratos estão com parcelas atrasadas há mais de 90 dias no Rio Grande do Norte
O governo lhe deu, casa, carro e laser, mas lhe deu condições de manter?

A inadimplência dos contratos de financiamentos de imóveis da Faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida chegou aos 40% no Rio Grande do Norte no final de 2018. Os números, repassados à TRIBUNA DO NORTE com exclusividade pela Caixa Econômica Federal, mostram que dos 17.123 contratos assinados de 2009 até o final do ano passado, 6.850 apresentavam dívidas em aberto há mais de 90 dias. A Caixa não divulgou, mesmo tendo sido demandada, o valor correspondente ao percentual de dívidas em aberto no Estado.

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) informou à reportagem que, desde 2009 até o momento, foram contratadas 126,2 mil unidades habitacionais no Estado do Rio Grande do Norte, nas faixas 1; 1,5; 2 e 3. Desse total, foram entregues cerca de 102,4 mil moradias até o momento. Esses empreendimentos beneficiaram um total de 409,6 mil pessoas. A Faixa 1, que contempla considerável parcela dos imóveis construídos dentro do MCMV, é voltada para famílias de baixa renda e a maioria dos imóveis é subsidiada com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

Nesta semana, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que os atrasos de pagamentos na carteira de crédito habitacional do banco chegam a R$ 10,1 bilhões. 

A Caixa divulgou na quarta-feira, 5, as condições para a renegociação de dívidas imobiliárias de pessoas físicas. Segundo o banco, as medidas atingem 589 mil contratos (11% da carteira) e devem beneficiar 2,3 milhões de pessoas. 

Entre as opções está o pagamento à vista de uma entrada e a incorporação das parcelas atrasadas nas próximas prestações do empréstimo. Essa opção estará disponível para 111 mil famílias, com dívidas de R$ 1,8 bilhão. 

“Algumas pessoas correm o risco real de perder suas casas próprias. Preferimos que esses clientes paguem uma prestação e diluam o resto da dívida no prazo dos contratos. Acreditamos que essa alternativa seja a mais atrativa", avaliou Guimarães. Outras 237 mil famílias, com R$ 4 bilhões em dívidas, poderão pagar a prestação mais antiga atualizada e incorporar o saldo devedor ao resto do financiamento.

Com informações da Tribuna do Norte

Nenhum comentário: