07/05/2019

SP: MÃE DEGOLA FILHO E PEGA 24 ANOS DE PRISÃO

Mulher acusada de degolar filho após dar à luz é condenada a mais de 24 anos de prisão

Andressa chega para o julgamento em Rio Preto — Foto: Reprodução/TV TEMA camareira Andressa Breijas Molina foi condenada a 24 anos, 10 meses e 20 dias de prisão em regime inicial fechado por matar o filho recém-nascido e ocultar o cadáver da criança.

O júri popular foi realizado no Fórum, nesta terça-feira (7), e durou cerca de seis horas. O caso foi registrado no dia 3 fevereiro de 2017, no Parque Industrial, em São José do Rio Preto (SP).

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado, ela vai cumprir pena pelo crime de homicídio qualificado no presídio de Tremembé.

No banco dos réus, a mulher manteve a mesma versão apresentada para a polícia na época em que o crime foi descoberto. Ela afirmou que o filho era fruto de um estupro cometido pelo tio dela.

Com vergonha e sem coragem de dizer para os familiares, porque era ameaçada pelo suspeito, Andressa escondeu a gravidez. Para a advogada de defesa dela, que irá recorrer da sentença, Andressa cometeu infanticídio.

“Ela acabou cometendo o crime pelo estado em que estava. Ela não nega isso, mas sim a forma como foi praticado. Todos os traumas que ela viveu a levaram a tomar tal atitude. O infanticídio tem uma pena bem menor do que o homicídio”, afirma Marina Servo.

Já a promotoria afirmou que houve homicídio doloso qualificado, cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão, além de ocultação de cadáver, que prevê pena de um ano.

“Nós entendemos que está comprovado o homicídio doloso e qualificado. A acusada agiu de forma cruel, nefasta e sem qualquer recurso para o bebê”, diz o promotor Marcos Antônio Lelis.

Ao todo, quatro testemunhas de defesa foram ouvidas pelos jurados. Um tio, uma tia e duas irmãs da acusada. Todos disseram que não sabiam da gestação da camareira e nem do suposto estupro. Eles não quiseram conceder entrevista à equipe da TV TEM.

Caso

Faca usada no crime — Foto: Divulgação/Polícia MilitarSegundo a Polícia Civil, no dia do crime, Andressa Breijas Molina ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para dizer que estava com contrações e tinha entrado em trabalho de parto.

A ambulância foi até o local e a mulher entregou aos atendentes do Samu um saco plástico preto com a placenta e disse que a criança não havia nascido. Desconfiados, os socorristas acionaram a polícia.

Ainda de acordo com a corporação, ao entrar na casa, os policiais perguntaram sobre o bebê e a mulher disse que o havia jogado em um ralo.

Segundo polícia, mãe passou a faca no pescoço do filho  — Foto: Graciela Andrade/TV TEM
A mãe ainda se recusou a deixar os policiais entrarem no quarto, mas a polícia forçou a entrada e encontrou o bebê morto, com um corte de faca no pescoço, debaixo da cama.

Vizinhos afirmaram à reportagem da TV TEM que a mãe passou a faca no pescoço do recém-nascido com a equipe de resgate na frente da casa dela.

Ela foi levada para o plantão policial e presa em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver.

A mulher disse à polícia que é homossexual e que a gravidez foi resultado de um estupro na família e que, por isso, teve esta atitude. Para as amigas dela, a suspeita disse que sua barriga estava grande devido a um mioma.

G1 Rio Preto

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