Medo de rompimento de barragem tira sono em outra cidade mineira
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Depois da tragédia em Brumadinho, moradores de Congonhas, em Minas Gerais, passaram a semana apreensivos, com um olho no noticiário e o outro na barragem que paira sobre sua cidade, cinco vezes maior que a que rompeu.
Desde 2013 a cidade luta contra a barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A resistência havia se acirrado depois do desastre de Mariana, em 2015 - e deu margem a pânico na última semana, enquanto moradores acompanhavam as centenas de mortes e desaparecimentos em Brumadinho.
A Casa de Pedra é uma das maiores barragens construídas em área urbana na América Latina, com capacidade para 50 milhões m3 de resíduos de mineração - quase cinco vezes o volume que irrompeu em Brumadinho.
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais, a estrutura é classificada como Classe 6, a mais alta em categoria de risco e de dano potencial associados.
Em entrevista à BBC News Brasil em Congonhas, o prefeito José de Freitas Cordeiro afirmou que se reuniu nesta semana com diretores da CSN - e que a companhia se comprometeu a iniciar o processo de desativação da barragem até o fim deste ano, mudando o processo de produção do minério de ferro para focar no rejeito a seco, que não precisa de barragem.
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