26/12/2018

LAVA JATO: RENAN CALHEIROS E MAIS 3 EM NOVO "ROLO" COM A ODEBRECHT

Lava Jato tenta identificar destinatário de R$ 3 mi pagos pela Odebrecht por projeto no Senado

Lava Jato identificou quatro dos cinco políticos que receberam propina da Odebrecht por projeto no Senado: Romero Jucá, Renan Calheiros, Delcídio do Amaral e Gim Argello — Foto: Pedro França, Leandro Abreu e Giuliano Gomes / Agência Senado, G1 MS, PR Press e GloboNewsPerícia realizada nos sistemas de comunicação e de contabilidade informais da Odebrecht mostra que a empresa pagou pelo menos R$ 8,5 milhões, entre maio e agosto de 2012, a cinco políticos – os senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Renan Calheiros (MDB-RR) e os ex-senadores Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e Gim Argello (sem partido-DF), além de um quinto nome ainda não identificado.

O político indicado nas planilhas da empreiteira pelo codinome de "Glutão" teria recebido R$ 3 milhões em Brasília em maio de 2012, mas aPolícia Federal ainda não sabe de quem se trata.

Os valores teriam sido pagos pela aprovação do projeto de resolução do senado 72/2010, que limitou a concessão de benefícios fiscais pelos estados em portos a produtos importados. O caso ficou conhecido como "Guerra dos Portos" e beneficiou diretamente uma das empresas do grupo Odebrecht, a Braskem

Em 12 de dezembro, a PF pediu ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Edson Fachin, mais 60 dias de prazo para conclusão das investigações.

O objetivo dos policiais é cruzar dados da perícia com provas coletadas na Operação Armistício, realizada em 8 de novembro e que recolheu informações de supostos intermediários de Jucá, Renan e Gim Argello.

Fachin pediu para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar em parecer sobre o pedido da Polícia Federal para prorrogar mais uma vez as investigações. O magistrado aguardará o posicionamento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para então decidir se estende o prazo da apuração.

O inquérito foi aberto em abril de 2017 com base nas delações premiadas dos executivos e ex-dirigentes da Odebrecht.

G1

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