Candidatos do centro se unem contra Haddad e Bolsonaro no penúltimo debate do 1° turno

Na reta final da campanha – o primeiro turno das eleições ocorre neste domingo, dia 7 –, os presidenciáveis tentaram, mais uma vez, romper a polarização e avançar sobre o eleitorado de Bolsonaro se apresentando como ‘terceira via’. Já o petista Fernando Haddad, também atacado, foi o que mais poupou o candidato do PSL, seguindo a estratégia de levar o confronto para um eventual segundo turno, caso as pesquisas de intenção de voto se confirmem.
Unidos na mesma estratégia de expor as propostas e declarações polêmicas de Bolsonaro, Ciro, Alckmin, Marina, Meirelles e também Guilherme Boulos (PSOL) citaram, por exemplo, as falas contra as mulheres – para ressaltar as manifestações promovidas por mulheres em todo o País no sábado, 29 – e a declaração feita por ele semana passada de que não respeitaria o resultado da eleição caso não seja ele o vencedor.
Provocada por Ciro, Marina, por exemplo, disse que o deputado está “amarelando” porque tem medo da derrota.”Bolsonaro tem atitude antidemocrática, desrespeita as mulheres, índios, negros, a população brasileira. Com essa frase (sobre não aceitar uma eventual derrota), desrespeita o jogo democrático. Numa democracia, se não temos comprovação de que houve fraude, não se pode entrar no jogo se for para ganhar de qualquer jeito. Para mim, essas palavras só podem ser uma coisa: Bolsonaro fala muito grosso mas tem momentos que amarela. Amarela mesmo”, disse.
A candidata ainda aproveitou a tréplica para criticar também o PT. “Temos que enfrentar dois projetos autoritários: os que têm saudosismo da ditadura e aqueles que fraudaram a candidatura em 2014 pela corrupção, a Dilma e o Temer.”
Já Ciro criticou a ausência de Bolsonaro no debate após a alta hospitalar e lembrou que ele, mesmo tendo sido submetido a um procedimento cirúrgico (mais simples, é claro), optou por participar do debate anterior usando até uma sonda. “Estamos assistindo todos os dias declarações anti-povo, antipobre. Ele (Bolsonaro) nem sequer dá direito à população brasileira, estando sadio. O Brasil não aguenta mais essa radicalização odienta”.
Deixado de lado por seus adversários no primeiro bloco, Alckmin foi o penúltimo a falar, mas seguiu na mesma linha de crítica a Bolsonaro e ao PT. Lembrou as manifestações contrárias ao deputado promovidas por mulheres no sábado, 29, as quais classificou como “atos de civilidade” e se colocou como o candidato que pode unir o Brasil.
Haddad x Ciro
Principais nome da esquerda na disputa ao Planalto, Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) protagonizaram um forte embate no segundo bloco do debate da Record, realizado ontem. Segundo Ciro, Haddad aceitou aliança com Eunício Oliveira (MDB), no Ceará, a qual classificou como despudorada. Haddad, por sua vez, disse que apenas foi tomar um café com Eunício, ao passo que Ciro deu risada da afirmação e ressaltou que não aceitou a mesma aliança porque o presidente do Senado é corrupto.
Com informações do ESTADÃO CONTEÚDO
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