Meninos falam sobre fome e medo nos dias em que ficaram presos em caverna na Tailândia
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Na primeira aparição pública, o grupo relatou como sobreviveu ao resgate dramático que mobilizou mais de mil pessoas na província de Chiang Rai. Os meninos, que têm entre 11 e 16 anos, e o técnico, de 25 anos, também fizeram uma homenagem ao mergulhador Saman Kunan, que morreu durante os esforços de resgate.
Fome
Diferentemente do que tinha sido divulgado, eles não levaram comida para a cavidade subterrânea. Ekkapol Chantawong, o técnico, contou que depois de dois dias isolados começaram a sentir mudanças no corpo, já que não comiam nada.
“Bebíamos a água que caía das pedras”, disse Pornchai Khamluan, de 15 anos.
O mais novo do grupo contou que não tinha força física e que tentava não pensar em comida para não sentir mais fome do que já sentia. Segundo os médicos, os garotos perderam em média 2 kg no período em que ficaram presos e recuperaram no hospital uma média de 3 kg cada um.
Chegada dos mergulhadores: 'milagre'
Sobre a chegada dos dois mergulhadores ingleses, que os encontraram após nove dias de buscas, Adul Sam-on, de 14 anos, o único a falar inglês no grupo e o primeiro a se comunicar com eles, disse que foi "um milagre" terem sido encontrados e que todos ficaram muito felizes.
“Foi um choque. O técnico pediu para mantermos calma”, disse.
Ele contou que usou uma tocha para ir em direção às vozes que escutavam.
Os meninos disseram que perderam a noção do tempo dentro da caverna e que, por isso, perguntaram aos mergulhadores há quanto tempo estavam ali.
Sonhos e lições
Os meninos também falaram do aprendizado que tiveram durante a experiência na caverna. Um dos menores afirmou ter “aprendido o valor de muitas coisas e valorizar a si mesmo”. Outro disse que está decidido a “viver cada minuto da vida”.
G1
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