Apesar da crise, deputados exageram nos gastos com cotas parlamentares
Ou seja, além de pagar o combustível dos próprios veículos, os brasileiros também enchem o tanque dos parlamentares. Só até julho deste ano, a Câmara reembolsou R$ 10 milhões aos deputados por gastos com “combustíveis e lubrificantes”, segundo levantamento do Correio. Isso sem contar os R$ 14,8 milhões que eles usaram para alugar carros. Caso prefiram não dirigir, os deputados podem também chamar um táxi ou um Uber, como faz boa parte dos brasileiros, com a diferença que basta apresentar uma nota fiscal para que eles sejam ressarcidos com dinheiro público. Junto com pedágios e estacionamentos, a Câmara reembolsou R$ 568,3 mil, entre janeiro e julho, com esse tipo de gasto.
Para viagens mais longas — embora recentemente um deputado tenha feito o trajeto do aeroporto de Belo Horizonte (MG) até Divinópolis (MG) com Uber, pelo qual pagou R$ 291 —, é possível comprar passagens aéreas ou fretar jatinhos e até lanchas, tudo reembolsado pela cota, sem que precisem encostar nos salários. Com todas essas opções, os deputados escolheram gastar mais com fretamento de aviões do que com passagens aéreas este ano. A Câmara ressarciu em R$ 1,3 milhão o gasto com bilhetes de avião e em R$ 1,6 milhão o aluguel de aeronaves.
A conta é do país
Confira as despesas com a cota parlamentar
Tipo de despesa – Valor*
Combustíveis e lubrificantes – R$ 10 milhões
Passagens aéreas – R$ 1,3 milhão
Fretamento de aeronaves – R$ 1,6 milhão
Táxi, pedágio e estacionamento – R$ 568,3 mil
Fretamento de embarcações – R$ 47,5 mil
Total: R$ 113,4 milhões
* até julho/2017
Fonte: Correio Braziliense
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