Em depoimento ao Ministério Público em dezembro de 2012, revelado pelo Estado, Valério afirmou que dirigentes do PT pediram a ele R$ 6 milhões que seriam destinados ao empresário Ronan Maria Pinto. O dinheiro serviria, segundo Valério, para que o empresário parasse de chantagear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o então secretário da Presidência, Gilberto Carvalho, e o então ministro da Casa Civil, José Dirceu. O documento encontrado no escritório de Poza, em 2014, também antecipado pelo Estado, foi o primeiro papel a materializar a confissão de Valério.
Ao Estado, Poza evitou relacionar o incêndio a operação deflagrada hoje. “Estou sem chão, sem rumo. Não tive coragem nem de entrar lá”, afirmou. “Não faço ideia de como isso pode ter ocorrido. Se foi intencional ou não. Já tinha pedido uma proteção para os investigadores da Lava Jato, mas nunca quiserem me ajudar.” O escritório da empresa Arbor fica no Itaim, em São Paulo. Ela afirmou que ainda não sabe os danos do incêndio.

AE