PT e movimentos sociais já discutem como agir na oposição
“Vai ser pior do que foi o segundo mandato de Fernando Henrique
Cardoso (1999-2002). O povo não vai aceitar retrocesso em direitos
conquistados, como propõe o programa do PMDB”, disse Raimundo Bonfim, da
Central de Movimentos Populares (CMP).
Um dos pontos do discurso anti-Temer é o programa “Uma Ponte para o
Futuro”, apresentado pelo PMDB no ano passado, que propõe desvinculação
de receitas orçamentárias da educação e saúde, mudanças na Previdência
Social, entre outras medidas que desagradam a base petista.
O presidente do PT, Rui Falcão, disse na quinta-feira, que uma
eventual gestão Temer não trará de volta a estabilidade política. “Eles
(movimentos sociais) vão à rua dizendo que não haverá estabilidade com o
impeachment, estabilidade se faz com paz, com a possibilidade de o povo
se organizar livremente e poder chegar às eleições de 2018 que é a data
legítima para quem quer assumir o poder”, afirmou o dirigente petista.
Líderes de movimentos que defendem a manutenção de Dilma, como o
Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
(MTST) e CMP, também afirmaram nos últimos dias que vão para as ruas
caso o peemedebista assuma o governo.
Guilherme Boulos, do MTST, deixou claro, também na quinta-feira, que
“vai ter resistência” nas ruas caso o impeachment seja aprovado. Gilmar
Mauro, do MST, afirmou na sexta-feira passada que Temer “não terá um dia
se sossego” se assumir a Presidência da República. Na quinta-feira
passada, a própria Dilma disse a correspondentes estrangeiros que o
impeachment deixaria “cicatrizes” na democracia.
Estadão
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