06/03/2016

NORTE E NORDESTE, ECONOMIAS MAIS AFETADAS!

Norte e Nordeste perdem fôlego e viram lanterna da economia

economia-em-queda-1As regiões Norte e Nordeste, que haviam mostrado maior resistência à desaceleração econômica em 2014, foram as mais afetadas pela retração da atividade verificada no ano passado.
É o que mostram dados sobre o nível de atividade em cada região divulgados pelo Banco Central e por órgãos federais e estaduais.
Na semana passada, o IBGE informou que o PIB nacional de registrou a maior queda desde 1990.
O Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR), utilizado pela instituição para avaliar o desempenho da economia por regiões, indica um quadro de recessão generalizada, mas com dados piores para o Norte e Nordeste.
Na virada de 2014 para 2015, Norte e Nordeste passaram de uma expansão próxima de 2% para uma retração de 3% no ano passado. Já o Sudeste encerrou 2015 com queda de 2,5%.
Uma explicação para essa mudança é que a crise econômica atingiu primeiro o setor industrial, mais forte no Sul e no Sudeste. Mas no ano passado chegou ao comércio, aos serviços e à construção civil, setores dos quais o Norte e Nordeste são mais dependentes, afirma Flávio Ataliba Barreto, diretor-geral do Ipece (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará).
Em 2015, as vendas do varejo caíram com mais força no Nordeste, segundo o IBGE.
“Nessas regiões, o setor de serviços é muito importante. Ao impactar esse setor, [a crise] afeta proporcionalmente mais o crescimento dessas regiões”, diz Barreto.
Outro problema foi a queda nos investimentos públicos, devido às restrições orçamentárias, o que paralisou muitas obras.
“Em 2014, ainda estava circulando muito dinheiro na economia, os investimentos não tinham parado e conseguimos manter um crescimento dois pontos percentuais maior que o do Brasil”, afirma Flávio Figueiredo, presidente da Condepe, agência de planejamento e pesquisas de Pernambuco.
“Em 2015 e 2016, vamos ter a mesma queda do Brasil”.

Folha

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