Dilma pede tolerância e diz que Brasil não pode ser dividido em duas partes
“Temos que resolver [a questão doimpeachment] porque o Brasil não pode ser cindido em duas partes que é o que estão propondo. Na verdade, estão propondo isso: um golpe tem esse poder. Não é correto que as pessoas sejam estigmatizadas pelo que pensam: nem de um lado, nem de outro. Não se criará o convívio democrático com essa situação”, disse ela.
Para Dilma, o país tem de lutar para superar esse momento de crise.
“Cada um de nós aqui tem respeito pela democracia. Quer essa democracia
recheada de conteúdo e respeitada na sua forma. Não se negocia aspectos
da democracia”, acrescentou.
A presidenta reiterou em seu discurso a necessidade do diálogo.
“Precisamos do fim do ódio, para que esse país não sofra as
consequências de uma ruptura entre seus integrantes”, disse ela, que
também criticou a intolerância política: “estigmatizar as pessoas pelo
que elas pensam? Outro dia uma pessoa me disse que isso parece muito com
nazismo. Primeiro você bota estrela no peito e diz: é judeu. Depois
bota no campo de concentração. Essa intolerância não pode ocorrer”.
Aos gritos de “Não vai ter golpe, vai ter luta” e “Golpistas, golpistas, não passarão”, artistas e intelectuais discursaram em apoio à Dilma, à democracia e contra o impeachment no ato no Palácio do Planalto.
Dilma agradeceu o apoio dos intelectuais e artistas e lembrou que
muitos não votaram nela em 2014. “Todos aqui têm distintas filiações
partidárias, muitos não as têm e outros, inclusive, têm posições
contrárias ao governo. Muitos nem mesmo votaram em mim”, disse ela ao
lembrar o que os une, neste momento, é a defesa da democracia: “Isso nos
une a despeito da nossa diversidade, das nossas diferenças de posições
políticas. Significa que acreditamos e lutamos pela democracia”.
AB
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