CCJ aprova PEC que estipula mandato de dez anos para ministro do STF
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado
aprovou nesta quarta-feira (24) uma das diversas propostas que alteram a
forma de escolha dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em
tramitação no Congresso Nacional.
O texto, relatado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG),
estabelece mandato de dez anos para os ministros do tribunal -pela regra
atual, eles permanecem no cargo até 75 anos.
Embora mantenham a escolha nas mãos do presidente da República, a
escolha se dará a partir de uma lista tríplice elaborada por um
colegiado composto pelo presidente STF, STJ (Superior Tribunal de
Justiça), TST (Tribunal Superior do Trabalho), STM (Superior Tribunal
Militar), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o procurador-geral da
República e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Além disso, a PEC também estabelece um prazo de um mês, após o
recebimento da lista, para que a indicação ocorra. Vedando a recondução e
mantendo a confirmação da nomeação nas mãos do Senado. Após o
presidente da República fazer a indicação, o candidato passa por uma
sabatina na CCJ da Casa, onde é avalizado pelos senadores e, em seguida,
é votado no plenário.
Também exige dos indicados 15 anos de experiência jurídica. Após os
10 anos de mandato, o ex-ministro fica inelegível por cinco anos.
O texto segue agora para o plenário, onde precisa passar por dois
turnos de votação. Em seguida, na Câmara, vai direto à CCJ e, depois,
para uma comissão especial que já analisa propostas semelhantes.
Em agosto do ano passado, a Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara aprovou de uma só vez, no dia 25, três propostas que alteram a
composição do Supremo. Duas também estabelecem mandatos de 10 anos.
Folha Press
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