Legado social do PT não resistiu ao 1º sinal de crise, diz autor de livro sobre partido
Para um dos principais cientistas sociais do Brasil, o PT outrora
popular e de traços messiânicos caiu na "armadilha" da "corrupção
altruísta" - movida, em tese, pelo desejo de retirar dos ricos para
"prestar um grande serviço à sociedade".
Martins, de 77 anos, acompanhou de perto a formação do partido e a
influência de protagonistas sociais - como Igreja, camponeses e
intelectuais - na criação da sigla, no começo dos anos 1980.
Ao separar os ingredientes da atual crise política - externos e
internos ao PT -, ele identifica "partidos falidos" e pessoas "cheias e
cansadas". "Estamos vivendo uma crise que é do Estado e da sociedade."
No recém-lançado Do PT das Lutas Sociais ao PT do Poder (editora
Contexto), o 45º livro da carreira, o professor aposentado da USP e
docente da Cátedra Simón Bolivar da Universidade de Cambridge
(Inglaterra) descreve as mutações do PT após a chegada ao Planalto.
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