RN já registrou 281 casos de microcefalia, diz secretário de Saúde
Atualmente, o mosquito Aedes aegypti é o principal inimigo
da saúde no Brasil. Apesar das inúmeras campanhas de combate ao
transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus zika, a
proliferação do inseto é constante.
Como existe um único vetor para essas doenças, o secretário Estadual de
Saúde, Ricardo Lagreca, alerta que com o aumento de casos de dengue, por
exemplo, é provável que também ocorra a elevação nas notificações de
zika. “O fato é que na hora que há o aumento da dengue poderá também ter
o aumento da zika. Já há um número maior de zika agora do que no mesmo
período do ano passado. Até porque ela está mais caracterizada, mais
diagnosticada”, explica.
Apontado como um dos fatores que podem causar a microcefalia, o vírus
zika tem sido motivo de preocupação da secretaria de Saúde. “Se há um
aumento da dengue pelo mesmo vetor, poderemos ter o aumento da zika.
Tendo o aumento da zika, se atinge uma gestante, vou ter um aumento no
número de microcefalias”, afirmou Lagreca.
De acordo com o secretário, no Rio Grande do Norte já foram
registrados 281 casos de microcefalia. “A microcefalia não é uma
novidade. Havia relatos de cerca de 8 casos por ano no estado, mas
existia porque ela tem várias etiologias. Congênitas, por alterações
cromossômicas - como é a síndrome de Down, por exemplo - é de causas
externas, mas eram residuais e de um ponto de vista aceitável. Cerca de
3% dos nascidos vivos podem apresentar anomalias congênitas, entre elas a
microcefalia. Ela extrapolou”, confirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário