País tem 5 casos de Guillain-Barré por dia, aumento de 19%
De acordo com a OMS, o aumento da incidência foi maior em Alagoas
(aumento de 516,7%), Bahia (196,1%), Rio Grande do Norte (108,7%), Piauí
(108,3%), Espírito Santo (78,6%) e Rio (60,9%).
O vendedor Ideraldo Luiz Costa Duarte, de 43 anos, foi uma das
vítimas. Ele chegou cedo ao estádio onde seu time disputaria uma partida
de futebol por uma liga amadora de Maceió. Era um domingo de junho e
ele se apressava para vestir o material esportivo. Mal calçou as
chuteiras, no entanto, sentiu uma dormência nas pernas, que logo foi se
espalhando pelos braços e lábios. Foi para casa.
Acabou internado no Hospital Geral do Estado (HGE), onde fez uma
série de exames sem chegar a nenhum resultado conclusivo, e sofreu uma
parada cardíaca. “Pensei que fosse morrer”, relembra. “Acordei na Santa
Casa (de Misericórdia de Maceió, referência na doença), onde finalmente
descobriram que era Guillain-Barré”, lembra. Ele foi um dos 50 pacientes
diagnosticados com a síndrome no Estado em 2015 e tratados pela equipe
liderada pelo hematologista Wellington Galvão. “Em um Estado em que a
média anual de pacientes com a síndrome é de 12 casos, o volume
registrado no ano passado assusta”, diz Galvão. “Para se ter uma ideia,
de março a dezembro, 43 casos estão diretamente ligados ao zika”, afirma
o profissional, que preside o Sindicato dos Médicos de Alagoas.
Estado de São Paulo
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