‘José Dirceu gastava até R$ 1 milhão por mês’, revela delator
“As consultorias eram delegadas. Ele tinha contratos de R$ 20 mil, R$
30 mil por mês, e despesas de R$ 800 mil, R$ 1 milhão”, disse o
delator, que fez pagamentos à empresa de Dirceu, a JD Consultoria, e
quitou despesas pessoais do ex-ministro, como a reforma de uma casa em
Vinhedo e a compra de um imóvel para uma filha dele.
A partir de 2007, segundo Pascowitch Dirceu se tornou “absolutamente
alheio” à administração de sua consultoria, que ficou a cargo do irmão
dele, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. O delator disse que repassava ao
escritório do ex-ministro dinheiro de propina de contratos da
Petrobras, pois Dirceu havia participado da indicação do ex-diretor de
Serviços da estatal, Renato Duque, condenado na Lava-Jato.
Ainda segundo “O Globo”, o delator contou que chegou a dizer a Dirceu
que achava absurdo ele não saber quanto iria gastar dali a 30 dias.
Disse que a empresa de Dirceu chegou a ter um administrador, cujo
trabalho ficou inútil devido à injunção política. Para Pascowitch, não
adiantava ter administrador se não se sabia “quanto entra” de dinheiro
nem “quanto vai sair”.
O delator reafirmou que parte do dinheiro repassado ao ex-ministro
foi utilizado para pagar uma casa para a filha de Dirceu. Na opinião de
Pascowitch, Dirceu não tinha qualificação para administrar uma empresa.
Foi Dirceu, segundo o delator, quem autorizou também que fossem feitos
pagamentos diretos de R$ 30 mil, mensalmente, a Luiz Eduardo e Roberto
Marques, assessor do ex-ministro conhecido como Bob.
Notícias ao Minuto
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