Ministro do STF mantém julgamento de contas do governo pelo TCU
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF),
negou pedido do governo para suspender o julgamento das contas de 2014
do governo da presidenta Dilma Rousseff, previsto para as 17h de hoje
(7), no Tribunal de Contas da União (TCU).
Com a decisão, o julgamento está mantido, e a suspeição do ministro
Augusto Nardes deve ser analisada no começo da sessão na qual as contas
serão julgadas.
Ontem (6), o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, recorreu ao
Supremo para suspender o julgamento, por entender que o tribunal não
pode prosseguir com o julgamento das contas sem analisar separadamente o
pedido de suspeição do ministro Augusto Nardes. Na segunda-feira (5), a
AGU entrou com ação para que Nardes seja afastado da relatoria do
processo por ter indicado antecipadamente que votará pela rejeição das
contas.
Após tomar conhecimento do pedido de suspeição, o ministro Augusto
Nardes repudiou a postura do governo e disse que “não irá se acovardar”
diante do que ele classifica de uma tentativa do governo de intimidá-lo.
Em resposta, Adams reiterou que o Regimento Interno do TCU impede que
um ministro da corte emita opinião sobre o processo que vai julgar.
Na decisão, Fux disse que não vê ilegalidade na conduta de Augusto
Nardes. Segundo Fux, a manifestação prévia do relator não basta para
caracterizar a suspeição. “Manifestar-se sobre o mérito de um processo
não implica, necessariamente, interesse no julgamento da causa em
qualquer sentido. É perfeitamente possível que o julgador, após
distribuído o feito e estudado o processo, forme, de modo imparcial, o
seu convencimento sobre o tema de fundo e, só depois, venha a divulgar
sua compreensão”, argumentou o ministro do Supremo.
Luís Fux também afirmou na decisão que o TCU não cometeu
irregularidade ao pautar o pedido de suspeição de Nardes para a sessão
marcada para hoje, sem suspender o processo de análise das contas, como
queria a Advocacia-geral da União.
“A garantia do devido processo legal resta atendida sempre que a
questão prévia é analisada antes da questão principal. É o enfrentamento
lógico e sucessivo das questões suscitadas que assegura ao cidadão o
direito de não se ver julgado por órgão incompetente, suspeito ou
impedido”, argumentou.
2 comentários:
tá dentro do acordo e com o seu bolso, por isso tudo fux vê com normalidade.
continua chorando?
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