Dilma envia ao Congresso proposta de nova CPMF
Anunciada na semana passada, a medida faz parte do pacote fiscal que
busca reequilibrar as contas de 2016. Em agosto, o governo apresentou
proposta orçamentária com déficit de R$ 30,5 bilhões. Após o anúncio do
pacote, a previsão da equipe econômica é que o governo conseguirá
atingir o superávit previsto para o ano que vem, de 0,7% do PIB.
Somente com a CPMF, o governo pretende arrecadar R$ 32 bilhões em
2016, a serem utilizados para cobrir o déficit da Previdência Social.
Como contribuição para a saúde, o imposto era cobrado até 31 de dezembro
de 2007, ano em que o governo tentou aprovar a sua prorrogação, porém
sem sucesso. Caso as medidas sejam aprovadas pelos parlamentares, o
esforço total será de R$ 64,9 bilhões.
O despacho presidencial foi divulgado em edição extra do Diário Oficial da União
de hoje, mas o texto não foi divulgado. Quando anunciou a medida, o
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a contribuição teria a
alíquota de 0,2% e não duraria “mais do que quatro anos”.
O governo enviou também ao Congresso uma medida provisória que
aumenta a alíquota do Imposto de Renda Pessoa Física sobre ganho de
capital referente à venda de bens acima de R$ 1 milhão.
Outro item do pacote fiscal encaminhado ao Congresso foi o projeto de
lei que disciplina a implementação do teto do funcionalismo público.
Com a medida, o governo pretende conseguir uma redução de gastos de R$
800 milhões.
A presidenta Dilma Rousseff enviou também o texto da Proposta de
Emenda à Constituição que elimina o abono de permanência, concedido aos
servidores que atingem as condições de aposentadoria, mas continuam a
trabalhar. O governo estimou uma redução de R$ 1,2 bilhão na despesa
obrigatória com a eliminação do abono.
De acordo com os dados do Ministério do Planejamento, há 101 mil
servidores nessa condição no Executivo Federal, com previsão de mais 123
mil nos próximos cinco anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário