05/11/2012

O BURACO É MAIS EMBAIXO

MP aponta mentores da quadrilha que desviou verba da saúde municipal

Um extenso relatório do Ministério Público Estadual esmiuça todo o de corrupção nos bastidores da saúde municipal; um histórico de omissão no combate à dengue pela Secretaria desde 2008 que culminou na contratação de uma empresa de fachada por obra de uma quadrilha organizada para gerir o caos instalado na cidade.

Diante do descaso de três anos foi declarado estado de emergência em Natal em 2011, quando a capital "produzia" cerca de 73% dos casos de dengue em todo o Estado. A consequência foi a contratação dirigida, por obra da quadrilha denunciada, da suposta organização social: Instituto de Tecnologia, Capacitação e Integração Social (ITCI).

Segundo o MP, a suposta organização social especializada nas ações de combate à dengue foi contratada como empresa de fachada para beneficiar a empresa Toesa, de Daniel Gomes da Silva. O acerto prévio foi acordado com o ex-secretário municipal de Saúde, Thiago Trindade e com o procurador municipal Alexandre Magno. A indicação de Daniel Gomes foi feita por Tufi Soares Meres, o chefão de uma organização criminosa nas quais se inseriram o procurador Alexandre Magno e o ex-secretário Thiago Trindade.

A suposta empresa ITCI foi contratada em 14 de abril de 2011, publicado no Diário Oficial. A ITCI foi qualificada como "organização social com sede em Recife, para operacionalizar a gestão e executar ações e serviços de saúde constante do 'Projeto Natal contra a Dengue', durante o exíguo período de 90 dias, pelo valor de pouco mais de R$ 8,1 milhões, mediante dispensa de licitação. A Toesa iria receber mais da metade deste valor (55,8%), ou seja, aproximadamente R$ 4,5 milhões. O ITCI, por sua vez, iria receber “apenas” R$ 800 mil, ou 10% do valor do contrato.

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