MP aponta mentores da quadrilha que desviou verba da saúde municipal
Um
extenso relatório do Ministério Público Estadual esmiuça todo o de
corrupção nos bastidores da saúde municipal; um histórico de omissão no
combate à dengue pela Secretaria desde 2008 que culminou na contratação
de uma empresa de fachada por obra de uma quadrilha organizada para
gerir o caos instalado na cidade.
Diante do descaso de três anos
foi declarado estado de emergência em Natal em 2011, quando a capital
"produzia" cerca de 73% dos casos de dengue em todo o Estado. A
consequência foi a contratação dirigida, por obra da quadrilha
denunciada, da suposta organização social: Instituto de Tecnologia,
Capacitação e Integração Social (ITCI).
Segundo o MP, a suposta
organização social especializada nas ações de combate à dengue foi
contratada como empresa de fachada para beneficiar a empresa Toesa, de
Daniel Gomes da Silva. O acerto prévio foi acordado com o ex-secretário
municipal de Saúde, Thiago Trindade e com o procurador municipal
Alexandre Magno. A indicação de Daniel Gomes foi feita por Tufi Soares
Meres, o chefão de uma organização criminosa nas quais se inseriram o
procurador Alexandre Magno e o ex-secretário Thiago Trindade.
A
suposta empresa ITCI foi contratada em 14 de abril de 2011, publicado no
Diário Oficial. A ITCI foi qualificada como "organização social com
sede em Recife, para operacionalizar a gestão e executar ações e
serviços de saúde constante do 'Projeto Natal contra a Dengue', durante o
exíguo período de 90 dias, pelo valor de pouco mais de R$ 8,1 milhões,
mediante dispensa de licitação. A Toesa iria receber mais da metade
deste valor (55,8%), ou seja, aproximadamente R$ 4,5 milhões. O ITCI,
por sua vez, iria receber “apenas” R$ 800 mil, ou 10% do valor do
contrato.
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