27/11/2010

OPERAÇÃO HÍGIA - JANE ALVES



Justiça vai investigar novos nomes



Os novos nomes envolvidos por Anderson Miguel em interrogatório à Justiça na última quinta-feira serão investigados dentro do processo da Operação Hígia. Segundo o juiz da 2ª Vara Federal, Mário Jambo, que fez o informe durante o depoimento de Jane Alves, esposa de Anderson, ontem pela manhã, ao fim dos atuais interrogatórios, na próxima terça-feira, ele irá “remeter os novos fatos às autoridades competentes”. Caberá ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal apurar se os “indícios de crime”, nas palavras do juiz, têm fundamento.

Mário Jambo não especificou durante a sua fala quais eram os novos nomes e novos fatos surgidos nos interrogatórios, mas há várias pessoas que ainda não haviam sido citadas, como o irmão da ex-governadora Wilma, Fernando Faria, o ex-prefeito de Macaíba, Luiz Gonzaga, o Luizinho, o ex-secretário de Planejamento Vágner Araújo, o jornalista Diógenes Dantas e o deputado estadual Wober Júnior, que foi citado anteriormente por Jane Alves, mas não é réu no processo. O Ministério Público Federal, segundo informações, irá determinar uma investigação aprofundada desses “indícios de crime”.

O primeiro interrogatório da manhã de ontem era aguardado com expectativa. Mesmo assim, a participação de Jane Alves, esposa de Anderson Miguel (eles são oficialmente casados, embora na prática estejam separados), não foi muito longo. Ela corroborou os elementos apontados na última quinta-feira pelo empresário, sem acrescentar muitas informações. Um momento importante foi quando Jane disse que o dinheiro arrecadado na propina era para “fundo de campanha”.

Além disso, a A & G Locação, empresa de Anderson e Jane, contribuiu na campanha de 2006 para o segundo governo de Wilma de Faria. As doações eram tratadas com Ana Cristina Faria, filha da ex-governadora. Com relação a Lauro Maia, Jane Alves afirmou ter entregue pessoalmente a ele em duas ocasiões o dinheiro da suposta propina. “A primeira vez foi na sede do partido (PSB) e a segunda no gabinete do pai dele (Lavoisier Maia)”, contou. Nas gravações, apareciam codinomes como “LM”, “o filho da mulher”, “o homem” e “o dono dos porcos”. Jane Alves afirmou serem referências a Lauro Maia.

A atuação do ex-secretário João Henrique Lins Bahia, segundo Jane Alves, começou quando Lauro brigou com o tio Fernando Faria. “Eles brigavam direto”, disse. O motivo teria sido uma entrega que não chegou com o valor. “Eles disseram que o Anderson não tinha pago. Eu fiquei indignada, porque pagamos direitinho. Eu invadi o escritório do PSB e joguei o dinheiro na cara do Lauro Maia”, relatou. No mais, todo o esquema de direcionamento das licitações por parte das empresas, já historiado por Anderson Miguel, foi confirmado por Jane Alves.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu acredito que o povo da PRAIA DE BARRA DE MAXARANGUAPE E DOS MUNICIPIOS VIZINHOS DEVEM ESTAR DE ALMA LAVADA POR NÃO TER VOTADO EM UMA QUADRILHA BASTANTE PERIGOSA DO NOSSO ESTADO AGORA ESSA TURMA ESTA PRESTE DE VER O SOL NASCER QUADRADO ISSO E PARA ESSE POVO TOMAR VERGONHA NA CARA E SABER QUE ESTÃO LIDANDO COM O DINHEIRO DO POVO E NÃO DELES.