25/07/2010

CHAVES X OBAMA


Chávez ameaça cortar fornecimento de petróleo aos EUA



Venezuela cortou relações com a Colômbia por acusações de abrigar rebeldes

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ameaçou neste domingo (25) cortar o fornecimento de petróleo aos Estados Unidos no caso de um ataque militar da Colômbia, em uma disputa entre os dois países sobre acusações de que a Venezuela estaria abrigando rebeldes esquerdistas.

A Venezuela rompeu relações com a Colômbia na quinta-feira passada, horas depois de Bogotá denunciar à OEA (Organização de Estados Americanos) a presença "ativa" de 1.500 guerrilheiros colombianos em território venezuelano. Em resposta a esta denúncia da Colômbia, Chávez descartou a possibilidade do seu governo permitir que forças rebeldes estrangeiras se abrigassem em seu território.

Chávez determinou, na quinta-feira passada, que as Forças Armadas do seu país estivessem em "alerta máximo" na região de fronteira com a Colômbia para prevenir um eventual ataque. A Venezuela tem mobilizados em sua fronteira com a Colômbia, de 2.000 km de extensão, 2.000 homens, segundo fontes militares.

No entanto, o presidente venezuelano abriu, este domingo, uma janela de aproximação com a Colômbia, a partir da posse do presidente eleito do país, Juan Manuel Santos, em 7 de agosto próximo.

"Temos que receber sinais claros e inequívocos de que há uma vontade política real no novo governo da Colômbia para retomar o caminho do diálogo, sem trapaças", escreveu Chávez em sua coluna dominicail, publicada em alguns jornais venezuelanos.

Santos, por sua vez, que faz giro por alguns países da região, recusou-se a falar da crise colombo-venezuelana, enfatizando que o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, "ainda é presidente em exercício".

O rompimento de relações entre Colômbia e Venezuela ativou os mecanismos regionais de resolução de conflitos, com a reação de vários governos e o anúncio de mediação da Unasul (União de Nações Sul-americanas), que convocou uma reunião de ministros das Relações Exteriores para a próxima quinta-feira, em Quito.

O presidente venezuelano tinha previsto viajar este domingo a Cuba para participar, na segunda-feira, de um ato comemorativo pelo início da Revolução Cubana, marcada pela invasão frustrada ao quartel Moncada, em 1953, por um grupo guerrilheiro liderado por Fidel Castro.

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