A imprensa tem reproduzido nos últimos dias, em todo o mundo, notícias veiculadas por grandes jornais dos Estados Unidos e da Europa que associam alguns padres católicos ao repugnante crime da pedofilia. Além disso, a maior parte das notícias se impregna de uma ferocidade cega e avança com insinuações malévolas e acusações infamantes contra a Igreja Católica e o Papa Bento XVI. O jornalismo, praticado muitas vezes de forma ligeira, preguiçosa e inconseqüente, buscando o sensacionalismo não procura se aprofundar na análise do problema. Casos ocorridos há dez, vinte ou trinta anos são resgatados com fortes cores de escândalo como se fossem ocorrências recentes. Denúncias são tornadas públicas de forma leviana contra o Sumo Pontífice para tentar incriminá-lo, como se fosse ele o responsável por tais atos vergonhosos ou aos culpados oferecesse o apoio da Igreja Católica. A pedofilia é um crime ignominioso e inaceitável em qualquer circunstância. É uma conduta indesculpável, parta de quem partir ou ocorra onde e quando ocorrer. Mas o que fazem as numerosas reportagens veiculadas nos últimos dias, quando tratam dos crimes trazidos recentemente à tona na Europa se não confundir e vilipendiar o Papa Bento XVI? Quem acompanhou o noticiário ficou com a dolorosa impressão – se católico – de que a Igreja agiu de forma a desculpar e justificar tais atos. Um jornalismo mais sério e responsável, ao contrário, deveria saudar a atitude do Santo Padre, que não hesitou em escrever uma carta plena de coragem e dignidade ao clero irlandês, condenando os abusadores naquele país, pedindo perdão às vítimas e esperando que a justiça cumpra o seu papel. A atitude corajosa do Sumo Pontífice nem de longe tem sido acompanhada pela maior parte dos jornalistas e dos críticos, incapazes de separar a histeria anti-católica da verdade criminal. Para ilustrar esse raciocínio segue um dado interessante, tanto mais que restrito ao país do cardeal Ratzinger. Na Alemanha foi comprovado que houve , desde 1995, 210 mil denúncias de abusos a menores. Dessas 210 mil, 300 envolveram de alguma forma padres católicos. Ou seja, menos de 0,2%. Isso significa que, por serem poucos, esses casos devem ser minimizados? Longe disso. Já disse e repito: um único caso que seja de pedofilia é sempre vergonho e imperdoável. O problema é que se está procurando partir de casos isolados para engrossar uma campanha de descrédito e de infâmia contra a Igreja Católica e seus dignitários, tornando mais profundo o difuso anti-catolicismo ocidental que já vai se tornando um dos inexplicáveis fenômenos do nosso tempo. Nos Estados Unidos, onde as estatísticas têm mais credibilidade, já se constatou que a presença de pedófilos, é de duas a dez vezes mais alta entre os pastores protestantes do que entre os padres católicos. De qualquer forma, muito maior que o envolvimento de líderes religiosos (católicos ou protestantes) é, por exemplo, o de professores de ginástica e treinadores de equipes esportivas juvenis, muitos deles casados. Da mesma forma, relatórios periódicos do governo norte-americano indicam que cerca de dois terços dos abusos sexuais contra crianças não vêm de estranhos ou de educadores, sejam eles padres ou pastores, mas de familiares – padrinhos, tios, primos, irmãos e, infelizmente, até pais, muitos deles também casados. Esses dados vêm derrubar a opinião de alguns anti-católicos, que tentam atribuir ao celibato a causa do problema. Uma atitude mais séria e responsável recomendaria um estudo mais profundo para lhe descobrir as origens e criar no seio da sociedade os mecanismos capazes de preveni-lo. Exatamente o contrário do que tem sido feito, buscando-se cobrir de desonra a Igreja Católica, cuja doutrina abraça os melhores valores da nossa civilização. SED LEX
Caro(a) SED, nasci na igreja católica, me criei na igreja católica, mas não vivo na igreja católica. Por quê? porque não concordo com muitas coisas que a igreja inventou. Por exemplo, o padre não poder contrair matrimônio. Acho isso uma aberração e que vai de encontro a palavra de Deus. Não conheço na Bíblia, em que livro e em qual capítulo diz que o padre é proibido de casar, diz sim "crecei-vos e multiplicai-vos". É ou não é uma incoerência da igreja com um ser que é responsável por essa multiplicação? Pedofilia existe em todos os setores da sociedade, mas se tem uma classe que não merece perdão quando comete esse tipo de crime, é a classe dos padres. "Representantes" de Deus na terra cometendo crime hediondo, nem em sonho. Se ao padre fosse lhe dado novamente o direito de casar, como acontecia antes, poderia existir pedofilia, "vermes" existem em todos os lugares, mas não tenho a menor dúvida de que seriam casos isolados sem a dimensão que se tem agora. Também não aceito usarem professores, tios, pais ou qualquer outro tipo de cidadão, como exemplos para justificarem esses crimes cometidos pelos "representantes de Deus", porque eles são cidadãos "mundanos". Portanto, o que Deus criou o Homem não pode mudar, e a igreja católica mudou. Diz o escritor Tomás Eloi Martinez: "Em 1073, Gregorio VII impôs o celibato. Definiu-se que o matrimônio dos sacerdotes era herético, porque os distraía do serviço ao Senhor e contrariava o exemplo de Cristo. Dezenas de historiadores supõem que a decisão de impor o celibato foi também um meio para evitar que os "bens" dos bispos e sacerdotes casados fossem herdados por seus filhos e viúvas em vez de "beneficiar à Igreja". A maioria dos católicos ignora que aos sacerdotes e bispos não era "proibido o matrimônio durante os primeiros dez séculos da vida cristã". Além de São Pedro, outros seis papas viveram em matrimônio. Até o Concilio de Elvira, que o proibiu no ano 306, um sacerdote podia inclusive dormir com sua esposa na noite anterior a celebrar a missa. Isso começou a mudar dezenove anos mais tarde, quando o Concilio de Nicea estabeleceu que, uma vez ordenados, os sacerdotes não podiam mais casar-se. Em 1123 o Concilio de Letrán decretou a invalidade do matrimônio dos clérigos e, dezesseis anos mais tarde, o segundo Concilio de Letrán confirmou". Quer dizer, a igreja mudou a História.
Desculpe, mas acho uma grande hipocrisia o celibato. Penso que o homem não foi criado para viver em conflito com seu próprio corpo, com sua própria natureza. O celibato deveria ser uma opçao, não uma imposição. E é uma coisa patética um padre que não tem noção do que é a vida de casado ter a pretensão de dar conselhos a um casal em crise. E creio que essa onda de casos de pedofilia na igreja ( que todos sabemos não ser uma coisa nova ) não seria tão comum se os padres levassem uma vida sexual normal. Basta compararmos o numero de casos nas igrejas evangélicas, onde os pastores levam uma vida normal, casados e portanto menos sujeitos a essas perversões. E acho ridículo a igreja católica continuar a achar, nos dias de hoje , que o sexo e o desejo são coisas pecaminosas. Não estou aqui falando em promiscuidade.
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A imprensa tem reproduzido nos últimos dias, em todo o mundo, notícias veiculadas por grandes jornais dos Estados Unidos e da Europa que associam alguns padres católicos ao repugnante crime da pedofilia. Além disso, a maior parte das notícias se impregna de uma ferocidade cega e avança com insinuações malévolas e acusações infamantes contra a Igreja Católica e o Papa Bento XVI. O jornalismo, praticado muitas vezes de forma ligeira, preguiçosa e inconseqüente, buscando o sensacionalismo não procura se aprofundar na análise do problema. Casos ocorridos há dez, vinte ou trinta anos são resgatados com fortes cores de escândalo como se fossem ocorrências recentes. Denúncias são tornadas públicas de forma leviana contra o Sumo Pontífice para tentar incriminá-lo, como se fosse ele o responsável por tais atos vergonhosos ou aos culpados oferecesse o apoio da Igreja Católica. A pedofilia é um crime ignominioso e inaceitável em qualquer circunstância. É uma conduta indesculpável, parta de quem partir ou ocorra onde e quando ocorrer. Mas o que fazem as numerosas reportagens veiculadas nos últimos dias, quando tratam dos crimes trazidos recentemente à tona na Europa se não confundir e vilipendiar o Papa Bento XVI? Quem acompanhou o noticiário ficou com a dolorosa impressão – se católico – de que a Igreja agiu de forma a desculpar e justificar tais atos. Um jornalismo mais sério e responsável, ao contrário, deveria saudar a atitude do Santo Padre, que não hesitou em escrever uma carta plena de coragem e dignidade ao clero irlandês, condenando os abusadores naquele país, pedindo perdão às vítimas e esperando que a justiça cumpra o seu papel. A atitude corajosa do Sumo Pontífice nem de longe tem sido acompanhada pela maior parte dos jornalistas e dos críticos, incapazes de separar a histeria anti-católica da verdade criminal. Para ilustrar esse raciocínio segue um dado interessante, tanto mais que restrito ao país do cardeal Ratzinger. Na Alemanha foi comprovado que houve , desde 1995, 210 mil denúncias de abusos a menores. Dessas 210 mil, 300 envolveram de alguma forma padres católicos. Ou seja, menos de 0,2%. Isso significa que, por serem poucos, esses casos devem ser minimizados? Longe disso. Já disse e repito: um único caso que seja de pedofilia é sempre vergonho e imperdoável. O problema é que se está procurando partir de casos isolados para engrossar uma campanha de descrédito e de infâmia contra a Igreja Católica e seus dignitários, tornando mais profundo o difuso anti-catolicismo ocidental que já vai se tornando um dos inexplicáveis fenômenos do nosso tempo. Nos Estados Unidos, onde as estatísticas têm mais credibilidade, já se constatou que a presença de pedófilos, é de duas a dez vezes mais alta entre os pastores protestantes do que entre os padres católicos. De qualquer forma, muito maior que o envolvimento de líderes religiosos (católicos ou protestantes) é, por exemplo, o de professores de ginástica e treinadores de equipes esportivas juvenis, muitos deles casados. Da mesma forma, relatórios periódicos do governo norte-americano indicam que cerca de dois terços dos abusos sexuais contra crianças não vêm de estranhos ou de educadores, sejam eles padres ou pastores, mas de familiares – padrinhos, tios, primos, irmãos e, infelizmente, até pais, muitos deles também casados. Esses dados vêm derrubar a opinião de alguns anti-católicos, que tentam atribuir ao celibato a causa do problema. Uma atitude mais séria e responsável recomendaria um estudo mais profundo para lhe descobrir as origens e criar no seio da sociedade os mecanismos capazes de preveni-lo. Exatamente o contrário do que tem sido feito, buscando-se cobrir de desonra a Igreja Católica, cuja doutrina abraça os melhores valores da nossa civilização. SED LEX
Caro(a) SED, nasci na igreja católica, me criei na igreja católica, mas não vivo na igreja católica. Por quê? porque não concordo com muitas coisas que a igreja inventou. Por exemplo, o padre não poder contrair matrimônio. Acho isso uma aberração e que vai de encontro a palavra de Deus. Não conheço na Bíblia, em que livro e em qual capítulo diz que o padre é proibido de casar, diz sim "crecei-vos e multiplicai-vos". É ou não é uma incoerência da igreja com um ser que é responsável por essa multiplicação? Pedofilia existe em todos os setores da sociedade, mas se tem uma classe que não merece perdão quando comete esse tipo de crime, é a classe dos padres. "Representantes" de Deus na terra cometendo crime hediondo, nem em sonho. Se ao padre fosse lhe dado novamente o direito de casar, como acontecia antes, poderia existir pedofilia, "vermes" existem em todos os lugares, mas não tenho a menor dúvida de que seriam casos isolados sem a dimensão que se tem agora. Também não aceito usarem professores, tios, pais ou qualquer outro tipo de cidadão, como exemplos para justificarem esses crimes cometidos pelos "representantes de Deus", porque eles são cidadãos "mundanos". Portanto, o que Deus criou o Homem não pode mudar, e a igreja católica mudou. Diz o escritor Tomás Eloi Martinez: "Em 1073, Gregorio VII impôs o celibato. Definiu-se que o matrimônio dos sacerdotes era herético, porque os distraía do serviço ao Senhor e contrariava o exemplo de Cristo. Dezenas de historiadores supõem que a decisão de impor o celibato foi também um meio para evitar que os "bens" dos bispos e sacerdotes casados fossem herdados por seus filhos e viúvas em vez de "beneficiar à Igreja". A maioria dos católicos ignora que aos sacerdotes e bispos não era "proibido o matrimônio durante os primeiros dez séculos da vida cristã". Além de São Pedro, outros seis papas viveram em matrimônio. Até o Concilio de Elvira, que o proibiu no ano 306, um sacerdote podia inclusive dormir com sua esposa na noite anterior a celebrar a missa. Isso começou a mudar dezenove anos mais tarde, quando o Concilio de Nicea estabeleceu que, uma vez ordenados, os sacerdotes não podiam mais casar-se.
Em 1123 o Concilio de Letrán decretou a invalidade do matrimônio dos clérigos e, dezesseis anos mais tarde, o segundo Concilio de Letrán confirmou". Quer dizer, a igreja mudou a História.
Desculpe, mas acho uma grande hipocrisia o celibato. Penso que o homem não foi criado para viver em conflito com seu próprio corpo, com sua própria natureza. O celibato deveria ser uma opçao, não uma imposição.
E é uma coisa patética um padre que não tem noção do que é a vida de casado ter a pretensão de dar conselhos a um casal em crise.
E creio que essa onda de casos de pedofilia na igreja ( que todos sabemos não ser uma coisa nova ) não seria tão comum se os padres levassem uma vida sexual normal. Basta compararmos o numero de casos nas igrejas evangélicas, onde os pastores levam uma vida normal, casados e portanto menos sujeitos a essas perversões.
E acho ridículo a igreja católica continuar a achar, nos dias de hoje , que o sexo e o desejo são coisas pecaminosas. Não estou aqui falando em promiscuidade.
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