07/11/2023

'GOVERNO LULA PREGA VOLTA À IDADE DA PEDRA' AO ATACAR O AGRO NO ENEM

Ao atacar o agro no Enem, governo Lula prega volta à “Idade da Pedra”

A prova do Enem aplicada no último domingo mostrou que o governo Lula não perde tempo para colocar em prática a doutrinação ideológica nas áreas de educação e cultura, mesmo que isso signifique “brigar” com a realidade dos fatos.

A maior surpresa não está em haver no exame uma profusão de temas constantemente martelados pela esquerda, como sindicalismo, golpe militar, Paulo Freire, “capitalismo tardio”, transgêneros, casamento homoafetivo, fome, povos indígenas e aquecimento global. Dentre todas, a questão 89 (número de referência da prova branca), que trata do agronegócio, sobressai pelo alto viés ideológico, redação confusa e declarações falsas.

Os termos da questão causaram furor e indignação à Frente Parlamentar da Agropecuária, que decidiu convocar o ministro da Educação, Camilo Santana, para explicar as distorções, o preconceito e o negacionismo científico na forma como o agronegócio foi colocado para mais de 3 milhões de estudantes brasileiros.

No agro, esquerda quer "voltar à idade da pedra"

Fontes do setor agropecuário ouvidas pela Gazeta do Povo classificam a questão 89 tanto como um sinal de ignorância e tentativa de “voltar à idade da pedra”, como um pensamento dialético negativo (falar mal de tudo o que existe), profusão de palavreados e ideias extremistas e negação irresponsável da realidade.

Por outro lado, combater a influência do agronegócio nas salas de aula é parte da estratégia das diretrizes do documento preparatório para a Conferência Nacional de Educação (Conae 2024), divulgado pelo Ministério da Educação e pela Presidência da República no mês passado.

Veja o que diz a questão 89:

ENEM 2023

Enunciado da questão:

No Cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio. De um lado, o capital impõe os conhecimentos biotecnológicos, como mecanismo de universalização de práticas agrícolas e de novas tecnologias, e de outro, o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica do mercado. Assim, as águas, as sementes, os minerais, as terras (bens comuns) tornam-se propriedade privada. Além do mais, há outros fatores negativos, como a mecanização pesada, a "pragatização" dos seres humanos e não humanos, a violência simbólica, a superexploração, as chuvas de veneno e a violência contra a pessoa.

CALAÇA, M; SILVA, E B: JESUS. J. N. Territorialização do agronegócio e subordinação do campesinato no Cerrado. Elisée, Rev. Geo. UEG. n. 1, jan-jun. 2021 (adaptado)

Os elementos descritos no texto, a respeito da territorialização da produção, demonstram que há um

A cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida.

B descaso aos latifundiários, impactando a plantação de alimentos para a exportação.

C desprezo ao assalariado, afetando o engajamento dos sindicatos para o trabalhador.

D desrespeito aos governantes, comprometendo a criação de empregos para o lavrador.

E assédio ao empresariado, dificultando o investimento de maquinários para a produção.

Fonte: Enem

Clique no link abaixo e veja a matéria completa:

https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/ao-atacar-o-agro-no-enem-governo-lula-prega-volta-a-idade-da-pedra/

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