23/07/2023

PARIDADE DE GÊNERO NO GOVERNO LULA FICA SÓ NA VONTADE APÓS NEGOCIAÇÃO COM CENTRÃO

Negociação com Centrão faz Lula se distanciar da promessa de paridade de gênero no governo

Mesmo com número recorde de mulheres na chefia de ministérios, o governo Lula vem sofrendo duras críticas pela baixa presença feminina no primeiro escalão. Nesta semana, a maioria masculina ficou ainda mais acentuada após a troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino no Ministério do Turismo.

A gestão petista começou com 11 ministras contra 26 ministros. O número foi o maior da história, ultrapassando as 10 mulheres que chefiaram pastas simultaneamente no governo de Dilma Rousseff (PT).

A desigualdade entre homens e mulheres na Esplanada descumpre uma das promessas de campanha de Lula feitas por Lula ainda na campanha eleitoral. No discurso da vitória, o petista elencou suas prioridades:

Negociações com o Centrão

A saída de Daniela foi fruto de negociações com o Centrão, que exigiu cargos nos ministérios para votar a favor de Lula no Congresso. Em tentativa de construir uma base sólida no Legislativo e evitar novas derrotas, o Planalto tem cedido.

Apesar de o União Brasil chefiar três pastas na Esplanada dos Ministérios (Turismo, Comunicações e Integração Regional), o partido tem votado contra o governo em pautas importantes. O União argumenta que não se sente representado pelos chefes dos ministérios.

Daniela não foi a única na berlinda em meio às discussões. Ana Moser, que chefia Esportes, e Nísia Trindade, da Saúde, também tiveram os cargos requisitados pelo Centrão. Mas nos últimos dias, Lula deixou claro a seus principais auxiliares que não pretende reduzir o número de ministras mulheres, no entanto.

Com informações de Metrópoles

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