26/01/2023

COM AUMENTOS, CADA DEPUTADO VAI CUSTAR MAIS DE R$ 2,5 MILHÕES POR ANO. VEJA BENEFÍCIOS

Os Marajás da Câmara



A Câmara começa na próxima quarta-feira (1º) uma nova legislatura, período que compreende quatro anos de mandato. Rostos novos chegam e velhos conhecidos voltam. Será a hora de o eleitor acompanhar e cobrar a atuação dos seus representantes eleitos em outubro e fiscalizar a conduta deles com o dinheiro público, recursos provenientes do pagamento de impostos da sociedade. Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que cada um dos 513 deputados custará anualmente, em média, de R$ 2,5 milhões a R$ 2,7 milhões. Ao todo, algo em torno de R$ 1,5 bilhão por ano. Quase todos os benefícios passaram por aumento nas últimas semanas.

Nem todo o dinheiro vai para o bolso do político. O valor compreende a soma dos salários de deputado, dos servidores de seu gabinete, da cota parlamentar a que ele tem direito para cobrir despesas atribuídas ao exercício do mandato e o auxílio-moradia para aqueles que não ocupam imóvel funcional. Também não computa outros benefícios, como plano de saúde, diárias de viagem e um salário extra pago no primeiro e outro no último mês de legislatura como ajuda de custo. Nem contabiliza as despesas com servidores das lideranças, das comissões e outros órgãos da Casa, que também assessoram os parlamentares.

Neste mês o salário dos parlamentares saltou de R$ 33,9 mil para R$ 39,3 mil. Valor que será reajustado para R$ 41,6 mil já em 1º de abril.

A Mesa Diretora elevou, no último dia 19, o montante da cota para o exercício da atividade parlamentar (Ceap), o chamado cotão, em 14%. Com o benefício, o parlamentar pode comprar passagens aéreas, alugar veículos e escritórios, contratar consultoria, divulgar seu mandato, pagar hotel, entre outras despesas. A Mesa é liderada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), franco favorito à reeleição para a presidência da Casa na próxima quarta-feira (1º).

A cota varia de estado para estado, devido ao preço das passagens aéreas. O piso do cotão será de R$ 36,5 mil, no caso do Distrito Federal, e o teto, de R$ 51,4 mil, reservado para os representantes de Roraima. Um ato da Mesa Diretora permite que uma parcela do cotão seja usada como complemento do auxílio-moradia, hoje no valor de R$ 4,2 mil. No dia 19, a Mesa aumentou essa parcela, de R$ 1,7 mil para R$ 4,1 mil. Com isso, o deputado poderá alugar um imóvel no valor de até R$ 8,4 mil e mandar a conta para a Câmara pagar.

A Casa também banca diárias para deputados em missão oficial, ou seja, que estejam representando a Câmara. O valor varia de R$ 524, em viagens nacionais, a US$ 428, para viagens internacionais.

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