08/11/2022

ESCOLHA DE LULA PARA O EXÉRCITO TEM 'FANTASMA DO TWITTER'

Fantasma do Twitter assombra escolha de Lula para o Exército

Um espectro ronda a escolha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de comandante do Exército, um dos mais sensíveis após quase quatro anos de simbiose deletéria entre o capitão reformado Jair Bolsonaro e os fardados.

Trata-se do tuíte publicado pelo general Eduardo Villas Bôas em 3 de abril de 2018, na véspera do julgamento de um habeas corpus ao petista pelo Supremo Tribunal Federal, no qual o então chefe da Força intimidava a corte ao repudiar o que chamava de impunidade.

O episódio é um marco da relação entre os poderes civil e militar desde a redemocratização de 1985. O próprio Villas Bôas viria a dizer depois, primeiro à Folha de S.Paulo e depois em um livro, ter agido no limite da responsabilidade.

Ele nega ter ameaçado a corte que, segundo ministros, iria de qualquer modo negar o habeas corpus ao petista, abrindo caminho para os 580 dias que ele passou preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba por condenação na Operação Lava Jato. Mas o episódio deixou marcas indeléveis.

As tentativas do petista de estabelecer pontes com os fardados, desde que recuperou seus direitos políticos, não prosperaram. Mas as críticas que se ouvem entre generais, almirantes e brigadeiros a Lula nunca ecoaram fora de quartéis.

Agora Lula terá de optar por um novo comandante, e tudo o que quer é previsibilidade e normalidade na relação com os fardados —que não deverá ser calorosa, apesar do passado em que promoveu grandes programas de reequipamento das Forças em seus governos.

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