07/05/2022

RAFAEL MOTTA TEM CANDIDATURA AO SENADO CONFIRMADA PELO PSB

Presidente do PSB afirma que Rafael é candidato a senador

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse à TRIBUNA DO NORTE que o Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Norte já recebeu “há muito tempo” a solicitação de apoio à pré-candidatura do deputado federal Rafael Motta (PSB) ao Senado.

Carlos Siqueira afirmou que desde o início das negociações com o PT em nível nacional que o PSB havia postulado apoio do partido da governadora Fátima Bezerra para que Rafael Motta formasse na chapa majoritária da petista.

Inicialmente cotado para a disputa da Câmara dos Deputados mais uma vez, Rafael Motta e o PSB solicitaram, oficialmente, aos institutos de pesquisa de opinião pública que o nome do deputado fosse incluído nas pesquisas de intenções de voto para o Senado.

Apesar das negativas de petistas sobre as negociações partidárias entre PSB e PT para viabilizar o nome de Rafael Motta, o presidente nacional do PSB garantiu que Rafael Motta será candidato ao Senado, independente do apoio do grupo da situação.

"Até agora não tivemos resposta, nem positiva e nem negativa (sobre o apoio da governadora à candidatura de Rafael Motta ao Senado), mas de qualquer maneira ele será candidato e tem o apoio integral da direção nacional para ser o candidato ao Senado", disse o presidente do PSB.

Ainda de acordo com o presidente do PSB, todas as negociações em nível nacional com o PT incluíram o nome de Rafael Motta ao Senado com o apoio do PT, assim como o partido do ex-presidente Lula também firmou acordo com o PSB para poio à pré-candidatura do PSB ao governo de Pernambuco. "Teve um momento que apresentamos todas as postulações do PSB e entre elas estava a candidatura de Rafael Motta ao Senado", alertou.

Porém, o dirigente do PSB afirmou que não está em questão o apoio do partido à reeleição da governadora Fátima Bezerra, porque existe a possibilidade jurídico-eleitoral de uma candidatura de Rafael Motta a senador. “É pacífico no Tribunal Superior Eleitoral, é possível se fazer coligação majoritária a governador e ser candidato ao Senado à parte”, reforçou ele.

“Não vamos apoiar um bolsonarista como Carlos Eduardo. Vai ser assim e se o PT não apoiar, vai ser assim. Não vamos apoiar bolsonarista”, insistiu Siqueira, que reconheceu não ter em mãos, ainda, pesquisas de intenções de votos que coloquem Rafael Motta bem posicionado na corrida eleitoral para o Senado da República: “Não fizemos pesquisas, porque isso se tornou público mais recentemente, mas passados alguns dias, vamos fazer pesquisas sim”.

Para Siqueira, a retirada da pré-candidatura de Rafael Motta à Câmara não vai enfraquecer a chapa proporcional do PSB no Rio Grande do Norte, pois “mesmo sem ele, temos uma estratégia, que não vamos revelar agora, que pode eleger um deputado federal e ele senador”.

Carlos Siqueira não confirmou se o partido com a desistência de Motta da disputa por uma cadeira de deputado, vai concentrar forças na eleição do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, vez que “a gente nunca sabe quem vai ser eleito, a gente tem uma chapa completa e uma estratégia para eleger pelo menos um deputado, quem será só vamos saber no dia da eleição”.

Sem a pré-candidatura de Rafael Motta à reeleição, a renovação dos mandatos já representa 37,5% das oito cadeiras de deputado federal do Rio Grande do Norte para a legislatura de 2023/2026.

O deputado federal Walter Alves (MDB) também desistiu de voltar à Câmara Federal e deve ser oficializado candidato a vice-governador na chapa da governadora Fátima Bezerra e o licenciado deputado federal Fábio Faria (PP) preferiu continuar no governo Jair Bolsonaro, à frente do Ministério das Comunicações.

A cadeira do ministro Fábio Faria agora é ocupada pela deputada federal Carla Dickson (União Brasil), que disputará a reeleição.

Na última eleição que disputou de deputado federal em 2018, Rafael Motta, ficou em quarto lugar, tendo obtido 82.791 votos, surpreendendo todas as previsões contrárias, segundo confidenciou o próprio Motta por ocasião do Congresso Estadual do PSB em março, porque na época já não contava com o apoio do pai, Ricardo Motta, como presidente da Assembleia Legislativa.

Em 2016, quando disputou o primeiro mandato de deputado federal, Rafael Motta foi o segundo colocado, com 176.239 sufrágios.

Petistas vão discutir aliança eleitoral no RN em encontro
Dia 21 deste mês, o PT vai reunir 240 delegados para debater alianças partidárias e chapa majoritária das eleições deste ano, no que, internamente, chamam de "tática eleitoral".

O presidente da Executiva Estadual do PT, ex-deputado Júnior Souto, já antecipou à TRIBUNA DO NORTE, que a tendência da maioria dos delegados é de chancelar o acordo político que já vinha sendo costurado por orientação da direção nacional do partido, com a indicação da pré-candidatura do presidente estadual do MDB, deputado federal Walter Alves, para ser o companheiro de chapa da governadora Fátima Bezerra, e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, para o Senado Federal. “É prego batido e ponta virada”, dizia Souto.

Já o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Francisco do PT, afirmou na rádio Jovem Pan News, que integra o sistema de comunicação TRIBUNA DO NORTE, que o partido não trouxe esse debate sobre a pré-candidatura de Rafael Motta à senatória. “Quem tem falar é Rafael e o PSB, porque essa discussão dentro do PT não existe”, disse ele, em entrevista na quinta-feira (05).

“Quando um processo está avançado e todas as partes envolvidas têm conhecimento, não é muito salutar que se tragam novidades para embolar o meio-campo”, ponderou o deputado.

No entendimento do parlamentar, quando “as regras do jogo estão sendo definidas, é normal até que alguém queira alterá-las no percurso”. Mas, ele acredita que “essa é uma discussão superada dentro do PT, e aí é minha opinião pessoal, porque quem vai definir isso é o partido, mas quando a decisão for tomada, todo mundo marchará unido”.

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