22/12/2021

VAI TE LASCAR, OMS: 'NENHUM PAÍS SAIRÁ DA PANDEMIA COM DOSES DE REFORÇOS' - DIZ OMS

Nenhum país sairá da pandemia com doses de reforço, diz OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, advertiu hoje (22) que nenhum país sairá da pandemia de covid-19 com doses de reforço de vacinas.

Tedros tem se manifestado reiteradamente contra a administração de doses adicionais de vacinas contra a Covid-19 quando uma parte da população mundial, os mais pobres, especialmente na África, continua sem receber o imunizante.

Segundo o dirigente da OMS, que falou em entrevista coletiva virtual, os “programas indiscriminados de reforço” de vacinação “tendem a prolongar a pandemia, em vez de acabá-la, desviando as doses disponíveis para países que já têm altas taxas de vacinação, dando, assim, ao vírus mais oportunidade de se espalhar e sofrer mutações”.

A advertência de Tedros Adhanom é feita quando vários países avançam com o reforço da vacinação contra a Covid-19 com uma terceira dose. Israel decidiu administrar a quarta dose em pessoas com mais de 60 anos e em profissionais de saúde por causa da variante Ômicron do novo coronavírus, considerada mais contagiosa.

O médico etíope destacou que as doses convencionadas das vacinas contra a Covid-19 (duas doses) “continuam eficazes” contra as variantes do SARS-CoV-2, incluindo a Ômicron, e que “a grande maioria das internações e mortes são de pessoas não vacinadas, e não de pessoas que não têm doses de reforço”.

Há uma semana, Tedros Adhanom disse que não havia “provas da eficácia das doses de reforço” contra a Ômicron, que se propaga rapidamente, em um ritmo sem precedentes.

De acordo com o comitê de peritos da OMS para a política vacinal, pelo menos 126 países deram instruções para a administração de uma dose de reforço ou para uma vacinação suplementar (por exemplo, de crianças), dos quais 120 já iniciaram as campanhas de inoculação com esse propósito. A maioria desses países é rica.

A Covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019, em Wuhan, cidade do centro da China, e que se disseminou pelo mundo.

Agência Brasil

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