24/12/2021

ALERTA: AGÊNCIAS DE INTELIGÊNCIA DOS EUA MOSTRAM CONSTRUÇÃO DE MISSÉIS PELA ARÁBIA COM AJUDA DA CHINA

EUA mostram construção de mísseis balísticos pela Arábia Saudita com ajuda da China

As agências de inteligência dos Estados Unidos avaliaram que a Arábia Saudita está fabricando ativamente seus próprios mísseis balísticos com a ajuda da China, conforme descobriu a CNN. Esse desenvolvimento poderia ter efeitos em cascata significativos em todo o Oriente Médio e complicar os esforços do governo de Joe Biden para conter as ambições nucleares do Irã, o maior rival regional dos sauditas.

É conhecido que a Arábia Saudita já comprou mísseis balísticos da China no passado, mas nunca foi capaz de construir os seus próprios –até agora, de acordo com três fontes familiarizadas com as informações mais recentes. Imagens de satélite obtidas pela CNN também sugerem que o reino saudita está atualmente fabricando as armas em pelo menos um local.

Autoridades de várias agências dos EUA, incluindo o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, foram informadas nos últimos meses sobre a revelação da inteligência secreta de várias transferências de tecnologia em grande escala de mísseis balísticos sensíveis entre a China e a Arábia Saudita, segundo duas fontes familiarizadas com as últimas avaliações.

O governo Biden agora é confrontado com questões cada vez mais urgentes sobre se os avanços dos mísseis balísticos da Arábia Saudita poderiam mudar drasticamente a dinâmica do poder regional e complicar os esforços para expandir os termos de um acordo nuclear com o Irã, para incluir restrições em sua própria tecnologia de mísseis – um objetivo compartilhado pelo Estados Unidos, Europa, Israel e países do Golfo.

O Irã e a Arábia Saudita são inimigos ferrenhos, e é improvável que Teerã concorde em parar de fabricar mísseis balísticos se a Arábia Saudita começar a fabricar os seus próprios.

“Embora tenha sido dada significativa atenção ao grande programa de mísseis balísticos do Irã, o desenvolvimento da Arábia Saudita, e agora a produção de mísseis balísticos, não recebeu o mesmo nível de escrutínio”, disse à CNN Jeffrey Lewis, especialista em armas e professor do Instituto de Estudos Internacionais de Middlebury.

“A produção doméstica de mísseis balísticos pela Arábia Saudita sugere que qualquer esforço diplomático para controlar a proliferação de mísseis precisaria envolver outros atores regionais, como Arábia Saudita e Israel, que produzem seus próprios mísseis balísticos”, acrescentou Lewis.

Qualquer resposta dos EUA também pode ser complicada por considerações diplomáticas com a China, já que o governo Biden busca engajar Pequim novamente em várias outras questões políticas de alta prioridade, incluindo o clima, o comércio e a pandemia.

“É tudo uma questão de calibração”, disse à CNNum funcionário sênior da administração.

O Conselho de Segurança Nacional e a CIA não quiseram comentar.

Questionado se houve qualquer transferência recente de tecnologia de mísseis balísticos sensível entre a China e a Arábia Saudita, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse em nota que os dois países são “parceiros estratégicos abrangentes” e “mantiveram uma cooperação amigável em todos campos, inclusive no campo do comércio militar”.

“Tal cooperação não viola nenhuma lei internacional e não envolve a proliferação de armas de destruição em massa”, diz a nota.

O governo saudita e a embaixada em Washington não retornaram ao pedido de comentários da CNN.

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