Filipinas anuncia testes com ivermectina contra covid-19
As Filipinas iniciarão testes clínicos de vários medicamentos, incluindo o medicamento anti-parasita ivermectina, em pacientes com covid-19 para determinar sua eficácia no combate ao coronavírus, disse um alto funcionário do governo.
Alguns políticos nas Filipinas começaram a promover o uso de ivermectina para o coronavírus e distribuíram doses gratuitas, embora o regulador de alimentos e medicamentos do país tenha alertado contra o uso devido à falta de evidências para a droga como tratamento.
O ensaio clínico para ivermectina, que pode durar seis meses, "nos dará uma estimativa mais confiável dos efeitos da invermectina como um agente antiviral em pacientes leves e moderados (COVID-19)", ministro da Ciência e Tecnologia, Fortunato Dela Pena, disse em apresentação na noite de segunda-feira.
O país do sudeste asiático, que está enfrentando um dos piores surtos de coronavírus na Ásia, está lutando contra um novo surto de infecções, com sua campanha de vacinação atingindo 1,3 milhão de pessoas em seus mais de 108 milhões de habitantes.
Os comprimidos de ivermectina foram aprovados para o tratamento de algumas infestações por vermes e para uso veterinário em animais para parasitas.
A Organização Mundial da Saúde recomendou no mês passado contra o uso de ivermectina em pacientes com COVID-19, exceto para ensaios clínicos, devido à falta de dados que demonstrem seus benefícios.
Dela Pena disse que o governo também aprovou os ensaios clínicos de uma nova formulação de metilprednisolona, um esteróide, e melatonina, como tratamento para covid-19.
O governo também iniciará testes de um suplemento de ervas, derivado da planta nativa tawa-tawa, que pode combater a dengue, disse ele, somando-se aos testes em andamento usando óleo de coco virgem para pacientes graves de covid-19.
"Estamos testando vários (medicamentos). Eles podem não ser vacinas, mas podem acelerar a recuperação", disse Dela Pena.
As Filipinas registraram mais de 945.000 casos de covid-19 e mais de 16.000 mortes, as segundas taxas mais altas no sudeste da Ásia, depois da Indonésia.
Reuters
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