04/11/2020

ELEIÇÃO SEM OMISSÃO - POR ALEXANDRE GARCIA



Faltam 11 dias para as eleições municipais. Ainda há tempo para repensar decisões. Ainda há tempo para decidir a quem você vai dar poder de chefiar o poder executivo do lugar onde você vive e o poder de fazer leis municipais.

Gente que vai decidir a limpeza da cidade, as condições das praças, das calçadas, das ruas que você frequenta. Gente que pode dar licença a uma boate ou um bar na vizinhança, um posto de gasolina na esquina. Gente que pode decidir se você dorme com barulho ou com silêncio, se haverá um transporte urbano conveniente para você ir ao trabalho, para seus filhos irem e voltarem da escola. Se o SUS vai funcionar bem quando sua família tiver necessidade.

O município é o mais importante ente federativo na vida dos brasileiros. O prefeito é o governante mais próximo dos contribuintes; o vereador é o representante mais próximo dos seus representados. Por isso, a eleição do dia 15 é a mais significativa no nosso sistema democrático. Na maciça maioria dos municípios brasileiros, o cidadão pode falar com o prefeito e o vereador na rua, na praça, no canteiro de uma obra municipal. Falar, cobrar, fiscalizar, sugerir. Nas grandes cidades, há ouvidorias para esse contato, e há os bairros a que o vereador está ligado e representa. Tudo isso conduz a importância de você pensar e repensar no seu voto, nesses 12 próximos dias.

O TSE me fez embaixador da Justiça Eleitoral no movimento #EuVotoSemFake. Não sou ingênuo para acreditar que fake news - notícias falsas - vieram com as redes sociais. Elas existem desde o aparecimento das notícias e não são exclusividade das redes sociais.

Na condição de participante dessa campanha, tenho postado mensagens de alerta a quase 3 milhões de seguidores no Twitter. Tenho chamado atenção para o lobo em pele de cordeiro. Quem se aproveita do tamanho, peso e tradição para induzir o eleitor. Quem mistura fato com opinião, quem deforma o fato e cria um factóide. Não se deixe iludir. Vote por você, não deixe que pensem por você.

Na interatividade do Twitter, tenho recebido queixas sobre a qualidade dos candidatos que os partidos oferecem. O eletricista Marcelo me disse que em 47 anos de vida, só votou para presidente em 2018, por falta de opção. Respondi a ele que nas outras eleições ele transferiu para outros o poder de escolha, ao se omitir.

Muitos partidos se formaram com um único princípio: o de receber os fundos partidários e eleitorais. Escolhas de candidatos têm como critério a popularidade, mas não o preparo, o altruísmo, a honestidade, o histórico pela comunidade. Mesmo assim, a alternativa não é a omissão, mas o voto. Você tem 12 dias para essa decisão, ainda que possa ser difícil.

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