26/11/2020

ANVISA REBATE O IMBECIL DO DORIA

Anvisa rebate Doria: Coronavac não pode ser aplicada sem registro no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rebateu as declarações do governador João Doria (PSDB) feitas ao Metrópoles sobre a possibilidade da Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ser aplicada na população sem ter sido registrada no país.

Em nota, a Anvisa afirmou que a distribuição do imunizante a partir da aprovação de agências de outros países “pode representar risco à população brasileira”. Uma das atribuições da Anvisa é justamente cuidar da regulação do setor de medicamentos no Brasil.

Em entrevista à jornalista Rachel Sheherazade, Doria afirmou: “Os critérios que a Anvisa tem são os mesmos de outras agências de vigilância sanitária que também estão avaliando a vacina Coronavac nos Estados Unidos, na Europa, sobretudo na Ásia. Se essas agências validarem a vacina, ela estará validada independentemente da própria Anvisa”.

Confira o trecho da entrevista:


A entrevista do governador levou a agência reguladora a emitir nota na qual destaca que “eventual aprovação de uma vacina pela autoridade regulatória da China não implica em aprovação automática para o Brasil”.

O texto também rebate afirmação de Doria de que a vacina chinesa está sendo testada nos EUA e na Europa. “A vacina está sendo testada na China, Turquia, Indonésia e Brasil”. E acrescenta que, “mesmo após o registro em algum outro país, a avaliação da Anvisa é necessária para verificar pontos que não são avaliados por outras agências internacionais.”

Ainda segundo o texto da Anvisa, “o reconhecimento tácito da aprovação por outras agências para registro de vacinas aqui no Brasil não é previsto em lei e pode representar risco à população brasileira”.

A agência reguladora também afirma não ter recebido o pacote de informações completo para a avaliação da vacina. “Até o momento, a Anvisa recebeu somente dados pré-clínicos que são dados anteriores aos testes com seres humanos, ao contrário do que foi afirmado de que dados referentes à fase 3 teriam sido entregues”.

metropoles

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