Autoridades dos EUA consideraram golpe de Estado com militares venezuelanos, diz 'New York Times'
Trump é um duro crítico do governo Maduro, enquanto a Venezuela está mergulhada em uma grave crise econômica e humanitária que desatou violentos protestos e provocou uma onda migratória a países vizinhos.
Citando autoridades americanas anônimas e um ex-comandante militar venezuelano que participou dos diálogos secretos, o "New York Times" disse que os planos do golpe estagnaram.
O jornal afirma que a Casa Branca se negou a dar respostas detalhadas quando questionada sobre essas conversas, mas enfatizou a necessidade de "dialogar com todos os venezuelanos que demonstrem um desejo de democracia".
Um dos comandantes militares venezuelanos envolvidos nas negociações secretas não era uma figura ideal para ajudar a restaurar a democracia: ele está na lista de sanções do governo americano de autoridades corruptas na Venezuela.
Ele e outros membros do aparato de segurança venezuelano foram acusados por Washington de uma série de crimes graves, incluindo tortura de opositores, prisão de centenas de prisioneiros políticos, ferimento de milhares de civis, tráfico de drogas e colaboração com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, ou FARC, que é considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos.
A maioria dos líderes latino-americanos concorda que o presidente da Venezuela, Maduro, é um governante cada vez mais autoritário que efetivamente arruinou a economia de seu país, levando a extrema escassez de alimentos e remédios. O colapso desencadeou um êxodo de venezuelanos desesperados que estão transbordando fronteiras, sobrecarregando seus vizinhos.
Maduro há muito tempo justifica seu domínio sobre a Venezuela alegando que os imperialistas de Washington estão ativamente tentando depô-lo, e as negociações secretas poderiam fornecer munição para reprimir a posição quase unida da região contra ele, diz a reportagem.
Com informações do G1
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