Personalidades de direita gravam vídeos jogando Havaianas fora
Diante da polêmica propaganda veiculada pela Havaianas, que foi acusada de adotar viés político contra a direita ao usar a frase “não quero que você comece o ano com o pé direito”, internautas e personalidades de direita fizeram questão de mostrar nas redes sociais seu descontentamento com a empresa com o gesto de jogar seus calçados da marca no lixo.
O influenciador Firmino Cortada, por exemplo, postou um vídeo em que jogava três pares de Havaianas no lixo, e as trocava por um calçado da marca Melissa, que pertence ao grupo Grendene. O Pleno.News publicou neste domingo (21) que os donos da Grendene fizeram doações para as campanhas do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e 2022.
Outras figuras conservadoras como o jornalista Thiago Asmar e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também se juntaram à campanha e gravaram vídeos jogando pares de Havaianas no lixo. A influencer Josiflora, por sua vez, publicou um vídeo no qual destruía um par de Havaianas, enquanto a deputada Carol de Toni (PL-SC) postou um vídeo da filha Betina usando um par de sandálias Ipanema.
POLÊMICA COM PROPAGANDA
A Havaianas virou alvo de críticas nas redes sociais por causa de sua campanha com a atriz Fernanda Torres. Na peça publicitária, a atriz diz: “desculpa, mas eu não quero que você comece o ano com o pé direito”. A frase foi entendida como um posicionamento político e a marca precisou bloquear os comentários no Instagram.
– Desculpa, mas eu não quero que você comece o ano com o pé direito. Não é nada contra a sorte, até porque, sorte? Não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés – diz a atriz.
Nos comentários da publicação diversas pessoas criticaram a “indireta”, como o vereador Gilson Machado Filho (PL), que disse que começaria 2026 com o pé direito “em outra marca”. O deputado federal Luiz Lima também se manifestou, dizendo que “publicidade é escolha e consumo também”.
O especialista em marketing Marcelo Rennó também criticou a campanha, relembrando que 2026 é ano de eleição e que campanhas publicitárias devem ser feitas pra todo mundo, não pra um lado só.
Nas redes sociais, internautas de direita prometeram boicotar a marca e incentivaram outras pessoas a fazerem o mesmo.

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