
Sobre direita, esquerda e bolinhas papel
Por João Paulo da Silva
Nada me intriga mais do que constatar que, nas eleições, a direita desaparece. Durante a campanha eleitoral, pelo menos na aparência, ninguém é de direita. Todo mundo vira de esquerda, até mesmo a própria direita. Todo mundo tem história de vida bonita para mostrar, enfrentando a ditadura e liderando as lutas de estudantes e trabalhadores. Todo mundo é contra a fome, o desemprego, a desigualdade social, os baixos salários e a exploração. Todo mundo defende a educação e a saúde públicas, a construção de escolas e hospitais, o saneamento básico, a ampliação dos direitos sociais, a construção de moradias e a reforma agrária. Agora, claro, isso só durante as eleições. Depois, todo mundo volta a ser de direita. Afinal, não pega bem ser de esquerda a vida toda, como Lula e o PT demonstraram de maneira insofismável. Quer dizer, não pega bem só se você for um dos amigos de Wall Street. (...)
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