ABC tem 14 reforços e mesmos erros
A história vem se repetindo e o ABC acaba castigado mais uma vez devido às falhas nos minutos finais das partidas, bem como a ineficiência ofensiva da equipe. O resultado das duas variantes foi a 13ª derrota do clube em 21 jogos disputados dentro da Série B do Brasileiro. Nem os próprios atletas sabem explicar os motivos do apagão da equipe na reta final das partidas, que já foi suficiente para tirar onze pontos que estavam praticamente computados. Se tivesse aproveitado pelo menos a metade da pontuação desperdiçada pelos seguidos cochilos, a equipe estaria na faixa dos 19 pontos, brigando pela 16ª colocação.
O problema persiste, apesar de o clube potiguar ter despontado como o que mais se reforçou durante a abertura da janela de contratações para o brasileiro. O treinador Allan Aal, no período, recebeu 14 reforços para tentar modificar a tendência de queda da equipe. Mesmo apresentando melhora no rendimento e um aumento de competitividade, os erros individuais ou coletivos, em momentos cruciais, têm pesado negativamente na busca por uma forte reação dentro da Série B.
Na lista que é superior a um time inteiro, o último a desembarcar no CT Alberi Ferreira foi o volante uruguaio Agustín Rodriguez. A supervisão alvinegra já deu entrada na CBF para registrar o reforço, cumprindo o prazo estabelecido pela legislação e agora aguarda apenas a publicação do nome do atleta no BID.
Se não ocorreu melhora no posicionamento da equipe dentro da competição, ainda enterrada na zona de rebaixamento, a única coisa que não se pode fazer é acusar a diretoria de algum tipo de inércia. O executivo Marcelo Segurado fez uma avaliação da atuação do ABC no mercado e destacou a ampla reformulação do elenco.
“Cheguei ao clube com a determinação de promover uma reestruturação no elenco, priorizamos algumas saídas, que eram necessárias de atletas que não estivessem comprometidos com o objetivo do clube e as chegadas ocorreram dentro daquilo que o mercado disponibilizava. Buscamos atletas que encaixassem dentro da ideia de jogo do nosso treinador. Estamos deixando o Barradão com a cabeça quente, porque a nossa equipe realizou um grande jogo contra o líder da competição e, por detalhes, nos momentos finais, deixamos o resultado escapar”, afirmou Segurado.
O executivo de futebol reconheceu que as chegadas de atletas em toque de caixa, além das contusões que vêm provocando algumas baixas importantes no elenco, tem feito o treinador abecedista apressar alguns processos. Segundo Marcelo Segurado, o Nathan Melo sequer teve tempo de conhecer os novos companheiros, o atleta realizou apenas um treino e foi para o jogo contra o Vitória.
Se a fase de contrações foi encerrada com o fechamento para novas inscrições no Brasileirão, a porta de saída continua aberta e o executivo de futebol abecedista prometeu ser enérgico com quem identificar que não esteja comprometido com as causas do clube. A situação é bastante complicada, o Alvinegro necessita de mais 32 pontos para atingir a margem considerada segura na busca de evitar o rebaixamento (45 pontos). Em termos percentuais isso indica que a partir do confronto de domingo (6), contra o Ceará, na Arena Castelão, o ABC terá de apresentar um aproveitamento de 62,7%.
Traduzindo em números reais, para dar uma ideia do tamanho do milagre que o treinador Allan Aal e o elenco abecedista terão de realizar, isso significa que nos 17 jogos que restam ao clube, eles terão de conquistar 10 vitórias e 2 empates.
O grupo sequer irá regressar a Natal, de Salvador a delegação vai descer direto na capital cearense, onde vai finalizar os trabalhos visando o confronto diante do Ceará, que está no meio da tabela, mas também não vem mostrando o aproveitamento desejado pelos seus torcedores. Nas últimas dez rodadas, o Vovô conseguiu apenas duas vitórias e o treinador Guto Ferreira pretende fazer desse novo encontro com os potiguares, a retomada do ciclo positivo do clube em busca do G-4.
TN
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